Papamóvel será transformado em clínica para crianças de Gaza

Em seus discursos, Francisco ressaltava que “crianças não são números. São rostos. Nomes. Histórias. E cada uma delas é sagrada”. Este presente transforma suas palavras em ação.

Cidade do Vaticano (05/05/2025 12:11, Gaudium Press) Um dos Papamóveis utilizados por Francisco durante seu pontificado será transformado em uma clínica móvel de saúde para atender as crianças na Faixa de Gaza, uma das regiões mais afetadas por conflitos atualmente. A iniciativa atende a um dos desejos do Santo Padre, que ao longo de sua vida demonstrou solidariedade aos mais vulneráveis.

Crianças não são números

Este gesto, confiado à Caritas Jerusalém, é uma forma de responder à terrível crise humanitária na Faixa de Gaza, onde quase um milhão de crianças estão deslocadas. Em seus discursos, Francisco ressaltava que “crianças não são números. São rostos. Nomes. Histórias. E cada uma delas é sagrada”. Este presente transforma suas palavras em ação.

Foram instalados no papamóvel equipamentos para diagnósticos, exames e tratamento de patologias, incluindo testes rápidos de infecção, instrumentos para diagnosticar enfermidades, vacinas, kits de sutura e outros suprimentos vitais. O veículo também contará com médicos e profissionais de saúde.

Não é apenas um veículo

O secretário-geral da Caritas Suécia, Peter Brune, afirmou que “com o veículo, poderemos chegar às crianças que hoje não têm acesso a cuidados de saúde, às crianças feridas e desnutridas. Esta é uma intervenção concreta e que salva vidas em um momento em que o sistema de saúde de Gaza entrou em colapso quase total”.

Assim que o acesso humanitário à Faixa de Gaza for restabelecido, o veículo, cuidadosamente adaptado às necessidades dos mais necessitados, chegará às crianças nas regiões mais isoladas de Gaza. “Não é apenas um veículo. É uma mensagem de que o mundo não se esqueceu das crianças de Gaza”, concluiu Brune. “Este veículo representa o amor, o cuidado e a proximidade de Sua Santidade aos mais vulneráveis, que ele expressou durante toda a crise”, destacou Anton Asfar, secretário-geral da Caritas Jerusalém. (EPC)