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Suicídio assistido não é caridade e tem consequências terríveis, diz bispo dos EUA

A Associação Médica Americana (AMA) sustenta que “o suicídio assistido por médicos é fundamentalmente incompatível com o papel do médico como alguém que cura”.

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Redação (22/03/2025 12:41, Gaudium Press) “O suicídio assistido é uma falsa caridade” com consequências alarmantes que devem ser rejeitadas, afirmou o bispo David J. Malloy, de Rockford (EUA), diante da possibilidade de a Assembleia Geral de Illinois aprovar a prática.

O prelado estava se referindo aos projetos de lei do Senado (SB 9) e da Câmara (HB 1328) que legalizariam o suicídio assistido para os doentes terminais.

O Bispo Malloy advertiu que “embora bem-intencionado, o suicídio assistido é uma falsa caridade. Ele traz consigo muitas consequências alarmantes que, como seguidores de Jesus Cristo, somos chamados a rejeitar”.

Por isso, ele incentivou os fiéis não apenas a rezar e jejuar para impedir os dois projetos de lei, mas também a escrever ou ligar para “as autoridades eleitas de seu estado para que votem ‘não’ contra essa legislação”.

Ele observou que, acessando o site da Conferência Católica de Illinois ou ligando para 217-528-9200, eles podem solicitar informações sobre “como entrar em contato com seu representante eleito local e dizer a ele para votar ‘não’ no SB 9 e no HB 1328”.

O suicídio assistido afeta os mais vulneráveis

Em sua carta, o Bispo David Malloy reiterou que “o suicídio assistido claramente não é a solução compassiva para aqueles que sofrem”.

Ele relatou que, onde a prática foi legalizada, “há casos documentados de companhias de seguro que se recusam a cobrir os cuidados necessários aos doentes terminais, enquanto cobrem o pequeno custo de medicamentos que resultam no fim da vida”.

Assim, “todas as principais organizações nacionais que representam pessoas com deficiência se opõem ao suicídio assistido”.

Além disso, “a experiência mostra que são especialmente as pessoas com poucos recursos e deficiências que correm maior risco, pois são as mais vulneráveis a esses abusos”.

“Não há como evitar que pessoas vulneráveis sejam coagidas ou intimidadas a pôr fim às suas vidas quando o suicídio assistido se tornar legal. A Associação Médica Americana (AMA) resumiu bem os argumentos contra o suicídio assistido: “O suicídio assistido por médicos é fundamentalmente incompatível com o papel do médico como alguém que cura, seria difícil ou impossível de controlar e acarretaria sérios riscos sociais.

O cuidado paliativo é uma resposta caridosa

O bispo de Rockford enfatizou que a Igreja Católica “acredita firmemente que ninguém deve sofrer desnecessariamente ou ter que ver um ente querido passar por dor e sofrimento desnecessários”.

Agora, “graças ao avanço do conhecimento médico”, existem “maneiras eficazes de proporcionar maior comodidade a uma pessoa no final da vida por meio de cuidados paliativos”.

Ele explicou que essa especialidade “usa equipes dirigidas por médicos para cuidar da pessoa como um todo – física, emocional, social e espiritualmente – e para aliviar os sintomas e o estresse que geralmente acompanham doenças graves e os efeitos colaterais do tratamento”.

“Por meio de cuidados paliativos, maior acesso a cuidados de saúde mental e maior apoio familiar e comunitário, os profissionais de saúde e as famílias estão encontrando melhores maneiras de acompanhar essas pessoas com compaixão, o que realmente confere amor e dignidade a toda vida humana”, destacou Mons. Malloy.

Com informações Aciprensa

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