Gaudium news > Máximo Napa: um milagre de fé que o manteve vivo por 95 dias no mar

Máximo Napa: um milagre de fé que o manteve vivo por 95 dias no mar

Máximo Napa, um pescador peruano de 61 anos, foi resgatado após 95 dias à deriva no mar, sobrevivendo graças à sua fé em Deus, à sua criatividade e à esperança de se reunir com sua família.

Imagen de WhatsApp 2025 03 18 a las 10.47.01 fa2c19f7

Redação (19/03/2025 11:04, Gaudium Press) Máximo Napa Castro, também conhecido como “Gatón”, um pescador peruano de 61 anos, foi resgatado depois de sobreviver 95 dias no mar, uma odisseia que o levou a sobreviver nas condições mais extremas e a colocar sua fé à prova.

O homem partiu do porto de San Juan de Marcona, na região de Ica, no Peru, em 7 de dezembro de 2024 para pescar huevera – ovas de peixe – em Marcona, mas desde 18 de dezembro não havia mais notícias de seu paradeiro. Após uma espera angustiada e desesperada de sua família e amigos, Napa foi encontrado em 12 de março de 2025, graças à colaboração de um barco equatoriano. Mas o que aconteceu com ele nesses mais de três meses?

O resgate de Napa ocorreu a cerca de 680 milhas da costa do Equador, e ele foi transferido para um centro médico devido à desidratação e esgotamento excessivo.

Em sua chegada a Lima, o momento mais emocionante foi quando ele se reencontrou com sua mãe, a quem abraçou em meio a aplausos e lágrimas. O pescador foi recebido com uma recepção animada, incluindo uma banda de música e uma recepção calorosa da família e dos vizinhos.

Máximo Napa encontra força na fé

Napa contou que, depois de perder o rumo de seu barco devido ao mau tempo, teve de recorrer a métodos extremos para se manter vivo, sem comida ou água potável e alimentando-se, evidentemente, de tudo o que encontrava no mar. Nos primeiros dias, ele comeu arroz e alguma outra coisa, que havia levado em seu barco, mas isso acabou rapidamente. “Obrigado, Deus, por me dar outra chance”, disse ele, ainda no barco. Eu não comia há 15 dias. Comi um pássaro, uma tartaruga… e tudo para sobreviver. Não queria perder minha família. Não queria morrer”, explicou.

Um dos momentos mais críticos aconteceu quando ele estava à beira da morte. “Quando eu estava agonizando e não conseguia nem me mexer, a tartaruga apareceu. Coloquei minhas mãos na água, a tartaruga veio até mim e eu a agarrei, ela se virou e eu a apertei pela perna de trás com a última força que me restava. A tartaruga estava no convés e eu não tinha outra escolha, cortei sua veia jugular e bebi seu sangue, isso me manteve vivo por mais um dia”, contou Napa com profunda gratidão ao animal que lhe deu alento.

A força que manteve Napa vivo em sua batalha contra o mar

Ao longo desses 95 dias, sua fé em Deus desempenhou um papel crucial para esse pescador. “Quero agradecer a Deus, porque ele nunca me abandonou. Eu sempre tive fé. Eu passava cinco dias sem comer, seis dias… e de repente vinha a chuva e eu dizia: ‘Não vou morrer, porque tenho meus filhos e minha mãe’”, confessou o pescador. Durante sua agonia, a imagem de seus entes queridos, especialmente de sua mãe e seus filhos, o manteve firme e com esperança de voltar para casa.

Durante os últimos 20 dias antes de ser resgatado, Napa precisou coletar água da chuva para se hidratar e até usou a lenha de seu próprio barco para cozinhar o pouco que conseguiu. Segundo o próprio Napa, “sua condição era tão crítica que ele não teria sobrevivido nem mais um dia se não tivesse sido resgatado”.

67d7ef2fd4271 700x301 1

Um reencontro milagroso: Napa volta para casa

Em 15 de março, depois de ser transferido para Lima, Napa teve o reencontro mais emocionante de sua vida, com sua família, no Aeroporto Jorge Chavez: a atmosfera estava cheia de emoção e alegria. Após o angustiante e longo período de incerteza, seus parentes não perderam a fé de encontrá-lo vivo. Sua filha, Inés Napa, destacou o sacrifício de seu pai, que se agarrou à esperança de ver sua família novamente. “Meu pai se ajoelhou quando o piloto o viu”, disse sua filha, que não escondeu a emoção ao vê-lo.

O pescador foi recebido calorosamente em sua cidade natal, San Andrés, em Pisco, onde se reuniu com sua mãe. Napa expressou sua gratidão a todos que rezaram por ele durante sua aventura e aproveitou a oportunidade para transmitir uma mensagem de esperança a outras pessoas. “Aproveite a vida, faça sua mãe feliz e, acima de tudo, creia em Deus.

Máximo Napa: um retorno cheio de gratidão

O pescador agradeceu especialmente ao povo equatoriano por sua intervenção em seu resgate e a todas as pessoas que nunca perderam a esperança de encontrá-lo. Sua filha, Inés Napa, destacou especialmente a fé como um fator decisivo para a sobrevivência de seu pai.

Máximo Napa voltou para casa, cercado por sua família e amigos, com uma história de luta e sobrevivência que permanecerá gravada no coração de todos aqueles que o apoiaram durante seu angustiante tempo à deriva. Para ele, esse retorno é uma espécie de ressurreição, para poder estar com seus entes queridos e seguir em frente agradecendo a Deus por sua vida.

Com informações Religión en Libertad e Infobae

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas