Vaticano divulga carta e estado de saúde do Papa Francisco
De acordo com a Santa Sé, a situação clínica do Pontífice permanece estável dentro de um quadro complexo.
Cidade do Vaticano (18/03/2025 15:38, Gaudium Press) Nesta terça-feira, 18 de março, a Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou atualizações sobre as condições de saúde do Papa Francisco. De acordo com as informações compartilhadas, a situação permanece estável dentro de um quadro complexo.
Condições de saúde do Santo Padre
“Há pequenas melhoras na situação motora e respiratória. A redução da ventilação mecânica não invasiva durante a noite e da oxigenação de alto fluxo ao longo do dia continua”. Segundo o Vaticano, uma boa notícia, que deve ser recebida com cautela, pois se trata de uma redução gradual, é o fato do Pontífice não ter usado ventilação mecânica na noite passada.
Francisco continua seguindo a dieta prescrita pelos médicos, que consiste também em alimentos sólidos. O Santo Padre passou o dia entre tratamentos, orações e algumas atividades de trabalho. A Santa Sé avisou que o próximo boletim médico está programado para a noite da quarta-feira, 19 de março.
Carta escrita pelo Papa Francisco
O Vaticano publicou ainda uma carta escrita pelo Papa Francisco ao diretor do jornal italiano Corriere della Sera, Luciano Fontana, em resposta a uma mensagem sua de proximidade ao Pontífice neste momento de doença. Na missiva, o Santo Padre faz um apelo pela paz e pelo desarmamento, destacando que durante sua doença, “a guerra parece ainda mais absurda”.
“A fragilidade humana tem o poder de nos tornar mais lúcidos em relação ao que dura e ao que passa, ao que nos faz viver e ao que mata. Talvez seja por isso que, com tanta frequência, tendemos a negar os limites e a evitar pessoas frágeis e feridas: elas têm o poder de questionar a direção que escolhemos, como indivíduos e como comunidade”, ressaltou.
Desarmar as palavras para desarmar as mentes
Francisco explicou que as palavras “nunca são apenas palavras: são fatos que constroem os ambientes humanos. Elas podem conectar ou dividir, servir a verdade ou se servir dela. Precisamos desarmar as palavras para desarmar as mentes e desarmar a Terra. Há uma grande necessidade de reflexão, de calma, de um senso de complexidade”.
“Enquanto a guerra apenas devasta as comunidades e o meio ambiente, sem oferecer soluções para os conflitos, a diplomacia e as organizações internacionais precisam de nova força vital e credibilidade. As religiões podem se valer da espiritualidade dos povos para reacender o desejo da fraternidade e da justiça, a esperança de paz”, concluiu. (EPC)
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