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Como está a saúde do Papa Francisco? Um renomado pneumologista italiano responde

Na quinta-feira passada, foi transmitida uma mensagem de áudio do Papa Francisco durante o rosário, e é precisamente essa voz que preocupa o Dr.  Pistolesi.

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Redação (10/03/2025 15:44, Gaudium Press) Ao lado dos relatórios do Vaticano – como o de hoje, que, além de dizer que o Pontífice passou “uma noite tranquila”, que continua suas terapias dentro de um quadro clínico complexo e que esta manhã “acompanhou pelo vídeo os exercícios espirituais da Cúria Romana em sua poltrona” – continuam aparecendo entrevistas com médicos renomados que, com base nas informações publicadas, expressam suas opiniões, a maioria delas apontando que a situação do Pontífice é muito grave.

É o que o jornal online Open apresentou, em uma entrevista, na sexta-feira passada, com. Dr. Massimo Pistolesi  “um dos pneumologistas mais estimados da Itália”. Ele ouviu a mensagem de voz enviada por Francisco há alguns dias, agradecendo as orações que estão sendo feitas por ele, e percebeu a voz de alguém com “uma falta de ar muito forte”.

O Dr. Pistolesi, que também é professor de Doenças Respiratórias e diretor da Área Torácica do Departamento na renomada universidade, descreve a situação de Francisco como “estavelmente muito grave”.

“Para Pistolesi, o fato de a Santa Sé ter especificado que o Papa Francisco voltou a comer alimentos sólidos sugere que o Pontífice às vezes sofre aspiração alimentar, e isso significa que a deglutição não está normal e que seu reflexo de tosse – que é um mecanismo de defesa para evitar que algo entre dentro dos pulmões – está falhando.”

Pistolesi sublinhou um detalhe que muitos já haviam notado: “sua vida normal estava evidentemente comprometida muito antes de sua hospitalização, quando uma forte mudança foi notada no rosto do Papa Francisco que havia se tornado mais fino, mas ao mesmo tempo inchado, com um queixo duplo muito desenvolvido: um sinal de terapia contínua com cortisona”.

“A cortisona certamente dá um benefício imediato ao paciente, mas a longo prazo é prejudicial: a força muscular é comprometida, a respiração autônoma é posta em risco. O fato de os médicos terem usado essas doses consideráveis de cortisona já sugere condições complexas”.

Para o médico, essa condição “não pode durar muito”, e explica que “as condições que vejo estão destinadas a se exaurir”. “As novas crises e a subsequente estabilidade, da qual os médicos ainda falam, dão a ideia de um esgotamento progressivo da capacidade de recuperação. O que é bastante normal na idade do pontífice. Portanto, espera-se um estado de sobrevivência, não sei por quanto tempo. E o fato de os médicos terem dificuldade para nos dar atualizações e novos boletins nos faz entender que, a essa altura, infelizmente, não há muito mais a fazer ou a dizer”.

Sobre a terapia de oxigênio a que o Papa está sendo submetido, o médico diz que “o perfil é o de um paciente muito, muito grave. Com a terapia de oxigênio de alto fluxo, o Santo Padre talvez possa pensar e escrever alguma coisa. No caso da ventilação por máscara, é certamente mais complicado tratar qualquer outra coisa, por isso geralmente é feita durante a noite.

Hoje, dia 10 de março, o boletim vespertino, publicado pela Sala de Imprensa da Santa Sé, informou que “a condição clínica do Santo Padre continua estável. As melhoras registradas nos dias anteriores se consolidaram ainda mais, e houve boa resposta à terapia medicamentosa. Por esses motivos, os médicos decidiram, no dia de hoje, retirar o prognóstico reservado”.

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