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“Ministra” anglicana entre concelebrantes na missa de instalação da Arquidiocese de Chapecó

O cânon 908 do Código de Direito Canônico proíbe “aos sacerdotes católicos concelebrar a Eucaristia juntamente com sacerdotes ou ministros das Igrejas ou comunidades eclesiais que não estejam em plena comunhão com a Igreja católica”.

Foto: screenshot/ Arquidiocese de Chapecó

Foto: screenshot/ Arquidiocese de Chapecó

Redação (18/02/2025 10:41, Gaudium Press) A missa de instalação da arquidiocese de Chapecó, Santa Catarina, na catedral Santo Antônio, no dia 9 de fevereiro, foi presidida pelo arcebispo de Chapecó, Dom Odelir José Magri, MCCJ. Vivian Schwanke de Oliveira, ministra da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), “concelebrou” com cerca de oitenta sacerdotes católicos e sete bispos. Lado a lado com os sacerdotes durante a procissão de entrada, a Sra. de Oliveira, usando alva e estola, sentou-se no presbitério e comungou como qualquer presbítero católico. Será que ninguém a viu? E dizer que os traços femininos são bem evidentes; e também a estola roxa, enquanto todos estavam de branco…

No entanto, após a ACI Digital ter contatado a Arquidiocese de Chapecó, solicitando explicações sobre a concelebração e recepção da Comunhão pela ministra anglicana, a assessoria de imprensa respondeu com uma “Nota de Esclarecimento” datada de 13 de fevereiro, assinada por Dom Odelir José Magri:

Em referência ao ocorrido durante a Missa Solene de Instalação da Arquidiocese de Chapecó e de minha tomada de posse como Arcebispo Metropolitano, informamos que já comunicamos à Nunciatura Apostólica no Brasil sobre as circunstâncias deste incidente isolado de inadvertida violação das normas litúrgicas. (realce nosso)

Renovamos nosso compromisso com a ortodoxia doutrinal e a ortopraxia litúrgica, e empreenderemos esforços para evitar erros futuros.

Imploramos as bênçãos divinas sobre nossa Igreja Particular, enquanto prosseguimos unidos na missão evangelizadora”.

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Só que o arcebispo sabia muito bem que a senhora anglicana havia entrado na procissão junto com os presbíteros e estava sentada no presbitério, assim como era óbvio para todos que ela comungou no altar. Aparentemente, ninguém se opôs. O próprio Arcebispo dissipou qualquer dúvida e durante sua homilia, segundo a ACI Digital, “ele falou do sentido ecumênico da presença de autoridades religiosas na celebração. Citou a presença da ministra da IEAB, mostrando-a no altar, e do pastor da Igreja Renovar em Cristo, que estava sentado no segundo banco da igreja junto com os demais fiéis”.

No entanto, um sacerdote, e a fortiori um bispo, não pode concelebrar com um ministro de uma igreja ou comunidade que não esteja em plena comunhão com a Igreja Católica: trata-se de uma violação do Cânon 908. Se tal concelebração ocorre junto com “ministros de comunidades eclesiais que não têm sucessão apostólica e não reconhecem a dignidade sacramental da ordenação sacerdotal”, como no caso em questão, logo, estamos diante de uma das delicta graviora contra o sacrifício e o Sacramento da Eucaristia, reservada ao julgamento do Dicastério para a Doutrina da Fé, de acordo com as disposições da Normæ de Gravioribus delictis (15 de julho de 2010), confirmada na mais recente Normæ de delictis Congregationi pro Doctrina Fidei reservatis (7 de dezembro de 2021).

Isso é um incidente isolado de inadvertida violação das normas litúrgicas? O que agrava ainda mais a posição do arcebispo é o fato de que “a ministra” em questão não pertence a uma comunidade eclesial que tem sucessão apostólica, nem sacerdócio válido, nem compreensão adequada da Eucaristia como sacrifício e Sacramento, e sobretudo é uma mulher. Escândalo, porque a presença “concelebrante” da Sra. de Oliveira fomenta nos fiéis a ideia de que a Igreja Católica aceita a ordenação de mulher.

Com informações lanuovabq.it

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