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Novo decano do Colégio de Cardeais será eleito em breve, Parolin ou Sandri?

Em 19 de janeiro, expirou o mandato de cinco anos do Cardeal Giovanni Battista. Somente entre o grupo de 13 cardeais será escolhido o novo decano do Colégio de Cardeais.

Papa Francisco surpreende ao anunciar na Praça São Pedro um Consistório para o mês de novembro e a criação de 13 novos Cardeais.

Redação (05/02/2025 11:44, Gaudium Press) Espera-se que, em um futuro próximo, os cardeais-bispos se reúnam para eleger um novo decano do Colégio Cardinalício, visto que, em 19 de janeiro, expirou o mandato de cinco anos do Cardeal Giovanni Battista Re, diplomata de carreira e ex-prefeito da Congregação para os Bispos.

Anteriormente, o cargo de cardeal decano era vitalício, mas com a entrada em vigor da Constituição Praedicate Evangelium de 2022, promulgada pelo Papa Francisco, os mandatos são de cinco anos, renováveis apenas uma vez. O Cardeal Re está no cargo há apenas cinco anos, mas sua idade, agora com quase 91 anos, não lhe permite a possibilidade de reeleição.

O decano é considerado um primus inter pares dentro do grupo de 252 cardeais (dos quais, até agora, 138 são eleitores no caso de um possível conclave). O cardeal decano, entre outras funções, assume a direção da Igreja em caso de vacância devido à morte de um papa, preside os ritos do conclave, bem como o trabalho das Congregações Gerais, que são as reuniões realizadas no Vaticano antes do conclave em que a situação da Igreja e seus desafios são discutidos e que preparam o cenário para a eleição do próximo pontífice romano.

Atualmente, há 13 cardeais da ordem episcopal – pertencer a ela é um requisito tanto para eleger o decano quanto para ser eleito como tal – entre eles o cardeal Boleslaw I e Giovanni Battista Re, de 91 anos; o cardeal argentino Leonardo Sandri, de 81 anos; o cardeal nigeriano Francis Arnize, de 92 anos; o cardeal português José Saraiva Martins, de 93 anos; os cardeais italianos Tarcisio Bertone (90) e Beniamino Stella (83); o cardeal canadense Marc Ouellet, de 80 anos; e o patriarca maronita, cardeal Béchara Boutros Raï, do Líbano (84).

Por outro lado, os cardeais-bispos que têm menos de 80 anos são: o Secretário de Estado Pietro Parolin (70), Fernando Filoni (78), o filipino Luis Antonio Tagle (67) e o iraquiano Louis Raphael Sako (75), Patriarca da Igreja Caldeia.

Somente entre esse grupo de 13 cardeais será escolhido o novo decano do Colégio de Cardeais.

Segundoa agência de notícias Il Tempo, há uma verdadeira e forte campanha eleitoral em relação à sucessão do cardeal Re, e que o confronto direto é entre o cardeal argentino Sandri, atual vice-decano do colégio apostólico, e o cardeal secretário de Estado, Parolin.

O Cardeal Sandri teria sido até recentemente o claro favorito, mas afirma-se que ultimamente o Papa está pensando se vai dar seu apoio, sempre de acordo com a fonte de Il Tempo, lembrando que o Cardeal Bergoglio e o atual vice-decano nem sempre foram bons amigos, e que, quando o Cardeal Sandri era substituto do secretário de Estado, Sodano,  as nomeações propostas pelo arcebispo Bergoglio geralmente não eram bem recebidas.

Isso, então, favoreceria a candidatura do atual secretário de Estado, Parolin, que também seria impulsionado pelo desejo de Francisco de exorcizar qualquer suspeita de favorecer seus compatriotas, ponto do qual ele já foi objeto no passado.

Em suma, espera-se que, com a nomeação do próximo decano, haja uma indicação do rumo que o próximo conclave poderá tomar, quando os 138 purpurados atualmente qualificados se reunirem na Capela Sistina para ver quem o Espírito Santo quer à frente da Igreja. Mas está claro que isso não passa de um desejo, pois uma coisa é tomar uma decisão quando o Papa está presente e outra quando ele está ausente. De qualquer forma, é verdade que um cardeal decano tem os holofotes do mundo inteiro sobre ele em tempos de vacância, algo que, segundo muitos, favoreceu a elevação de Ratzinger à Cátedra de São Pedro na época. Aguardemos.

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