Ângelus: renovar o nosso encontro com Cristo
No Angelus deste domingo, 26 de janeiro, o Papa Francisco fez algumas reflexões sobre como este Ano Jubilar é uma oportunidade para os cristãos reconhecerem a necessidade de salvação e renovarem seu encontro com Cristo.
Redação (26/01/2025 11:44, Gaudium Press) Dirigindo-se aos fiéis, reunidos na Praça de São Pedro, antes da recitação da oração do Angelus deste domingo – o 6º Domingo da Palavra de Deus, instituído pelo Papa em 30 de setembro de 2019 para ressaltar a importância da Sagrada Escritura – o Papa Francisco refletiu sobre a passagem do Evangelho de São Lucas que narra a visita de Jesus à sinagoga em Nazaré.
Francisco se concentrou especialmente na passagem do profeta Isaías lida por Jesus, “que anuncia a missão evangelizadora e libertadora do Messias e depois, no silêncio geral, diz: ‘Hoje cumpriu-se esta Escritura’” (cf. Lc 4,21). O Papa começou por convidar os seus ouvintes a imaginar “a surpresa e a perplexidade dos concidadãos de Jesus, que o conheciam como o filho do carpinteiro José e nunca teriam imaginado que ele pudesse apresentar-se como o Messias”. E, no entanto, continuou, é assim que as coisas são: “Jesus proclama que, com sua presença, chegou “o ano da graça do Senhor”. É uma boa notícia para todos, sublinhou, “e especialmente para os pobres, os presos, os cegos e os oprimidos”.
Naquele dia, em Nazaré, Jesus confrontou os seus interlocutores com uma escolha relativa à sua identidade e à sua missão, disse o Papa, explicando que o evangelista Lucas nos conta que os nazarenos não reconheceram em Jesus o ungido do Senhor. “Pensavam que o conheciam demasiado bem e isso, em vez de facilitar a abertura das suas mentes e dos seus corações, bloqueava-os, como um véu que obscurece a luz”, acrescentou.
Francisco prosseguiu, frisando que “este acontecimento, com as devidas analogias, também acontece conosco hoje”. Por isso, também nós “somos chamados a reconhecer n’Ele o Filho de Deus, o nosso Salvador. Mas pode acontecer-nos, como aconteceu aos seus conterrâneos, pensar que já o conhecemos, que já sabemos tudo sobre ele, que crescemos com ele, na escola, na paróquia, na catequese, num país de cultura católica… E assim, para nós, ele é uma Pessoa próxima, aliás, ‘demasiado’ próxima”.
Segundo Francisco, esse senso de familiaridade pode nos impedir de reconhecer a singularidade de Cristo e sua mensagem. Mas devemos nos interrogar: “sentimos a autoridade única com que Jesus de Nazaré fala? Reconhecemos que Ele é portador de um anúncio de salvação que mais ninguém nos pode dar? E eu, sinto-me necessitado dessa salvação? Sinto que também eu sou, de alguma forma, pobre, preso, cego, oprimido? Só assim será um ‘ano de graça’ para mim!”
Antes de concluir, o Santo Padre convidou os fiéis a dirigirem-se com “confiança a Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, para nos ajudar a reconhecer Jesus”.
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