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Carmelitas banidos da Nicarágua

Em um comunicado, os Carmelitas Descalços  de Managua, Nicaragua, expressaram sua esperança de retornar à paróquia no futuro, para continuar sua missão pastoral.

Foto: carmelitaniscalzi

Foto: carmelitaniscalzi

Redação (24/01/2025 15:42, Gaudium Press) Os frades carmelitas descalços encerram seus mais de 50 anos de trabalho pastoral na Nicarágua. Isso ocorre em um contexto de pressão e perseguição da ditadura de Daniel Ortega contra a Igreja Católica.

“Se Deus o permitir, quando tivermos mais vocações, poderemos voltar, continuamos em comunhão eclesial com nossa oração fraterna e confiamos a Paróquia de Nossa Senhora do Carmo e toda a Igreja na Nicarágua à Imaculada Conceição de Maria”, diz o comunicado, datado de 23 de janeiro de 2025.

Os carmelitas convidaram todos os paroquianos a acompanhar o Cardeal Leopoldo Brenes na missa do domingo, 26 de janeiro, às cinco horas da tarde, quando será empossado o novo pároco Yedris Calero.

No comunicado, eles agradeceram ao Cardeal Brenes, aos sacerdotes e à Arquidiocese de Manágua por seu acompanhamento durante seu tempo de serviço no país; e a “todos e cada um dos frades que viveram e serviram na Paróquia El Carmen, apresentamos nossa oração de agradecimento a Deus pelo dom de ter feito o caminho da fé com tantos paroquianos, de ter celebrado a alegria da devoção mariana e o aprofundamento da experiência da fé eucarística.

“A partir do carisma que Deus deu a Santa Teresa de Jesus, prestamos nosso serviço pastoral facilitando a oração e a espiritualidade de Jesus”.

A advogada Martha Patricia Molina declarou que os carmelitas “foram completamente banidos da Nicarágua” e são “forçados a entregar sua missão à Arquidiocese de Manágua”.

“Os mais afetados serão, logicamente, os leigos”, observou Molina, que documenta os abusos sofridos pela Igreja Católica na Nicarágua. Seu último relatório Nicarágua: uma Igreja perseguida, relata 971 ataques a religiosos e pelo menos 19 propriedades confiscadas entre 2018 e 2024.

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