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Relatório aponta 380 milhões de cristãos perseguidos no mundo

A ONG Portas Abertas divulgou os dados da Lista Mundial da Perseguição 2025, realizada no período entre 1 de outubro de 2023 e 30 de setembro de 2024. Um em cada sete cristãos é hostilizado por sua fé.

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Redação (15/01/2025 09:36, Gaudium Press) Anualmente a organização Portas Abertas monitora casos de perseguição e publica a lista com os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos. Houve um aumento na perseguição aos cristãos no mundo pelo 12º ano consecutivo.

De acordo com a nova Lista Mundial de Perseguição, aproximadamente 380 milhões de cristãos em todo o mundo foram novamente vítimas de perseguição por Estados e grupos religiosos radicais. No ano anterior, a organização Portas Abertas havia mencionado 365 milhões de pessoas afetadas. Isso indica que um em cada sete cristãos em todo o mundo é alvo de perseguição, com ações que variam desde ataques violentos até prisões arbitrárias.

A Coréia do Norte continua sendo o país que mais persegue os cristãos. A ditadura comunista de Kim Jong-un proíbe qualquer manifestação religiosa no país. Quando a ditadura descobre os convertidos ao cristianismo, enviam-nos para campos de trabalho forçado como prisioneiros políticos ou são mortos.

Embora a Coreia do Norte esteja no topo da lista com a maior perseguição aos cristãos, ocorrências de execuções e outros atos violentos são mais comuns na Nigéria, onde mais de 3.100 cristãos foram assassinados, ou seja 69%, de um total de 4.476 mortes. Este país também encabeça a lista de ataques a casas e empresas cristãs, bem como de deslocações forçadas. Com efeito, 16 milhões de cristãos foram forçados a fugir das suas casas, uma ligeira diminuição em relação aos 16,2 milhões do ano anterior. A Nigéria ocupa 7ª posição na lista.

Na África Subsaariana (região do continente africano composta por 47 países e que se localiza geograficamente abaixo do Deserto do Saara), 4.192 cristãos foram mortos por sua fé durante o período do estudo, ou 93% de um total de 4.476 em todo o mundo.

Também houve um aumento de 15% nas prisões e condenações de cristãos. Durante o período de outubro de 2023 a setembro de 2024, ocorreram 3.604 detenções, contra 3.329 no período anterior, e 1.140 condenações, um salto significativo em relação às 796 em 2023.

Na Ásia Central, países como o Quirguistão e o Cazaquistão viram um aumento nas restrições à liberdade religiosa.

Na América Latina, três países se destacaram pela violência em reprimir manifestações cristãs: o governo de Cuba de Miguel Diáz-Canel, do México, que recentemente mudou de presidente, e da Nicarágua de Daniel Ortega, o qual tem detido e expulsado sacerdotes e religiosos católicos.

O Relatório aponta o crescente isolamento dos cristãos em vários países onde a Igreja é forçada a se tornar “clandestina”.

Os países que sofrem perseguição extrema permanecem os mesmos, embora haja variações nas posições. Os primeiros colocados são: Coreia do Norte, Somália, Líbia, Sudão, Eritreia, Nigéria, Paquistão, Irã, Afeganistão, Índia, Arábia Saudita e Mianmar.

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