Vaticano inaugura Presépio e Árvore de Natal 2024

Ambos símbolos natalinos permanecerão expostos na Praça de São Pedro até o dia 12 de janeiro de 2025, festa do Batismo do Senhor.

Cidade do Vaticano (09/12/2024 16:31, Gaudium Press) Na noite do último sábado, 7 de dezembro, foram inaugurados o presépio e a iluminação da árvore de Natal instalados na Praça São Pedro, no Vaticano.

A cerimônia foi presidida pelo Cardeal Fernando Vérgez Alzaga, presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, na presença da Irmã Raffaella Petrini, secretária geral do mesmo Governatorato.

Tanto a árvore de Natal quanto o presépio permanecerão expostos na Praça de São Pedro até o final do período natalino, que coincide com a festa do Batismo do Senhor, domingo, 12 de janeiro de 2025.

Árvore de Natal e Presépio da Praça de São Pedro

O presépio oferecido pela Comunidade de Grado terá como cenário os primeiros anos do século passado e apresentará elementos em madeira, revestidos com juncos. A confecção dele ficará a cargo de quarenta voluntários, em sua maioria pertencentes a diversas associações locais lideradas pelos Portatori della Madonna di Barbana.

Já o abeto é proveniente de Ledro, município de cerca de 5 mil habitantes composto por quinze povoados. A seleção foi feita respeitando a sustentabilidade, identificando assim árvores mais maduras, cuja retirada representa uma substituição natural. Além do abeto escolhido para a Praça, serão também levadas ao Vaticano outras árvores de dimensões menores que serão decoradas para serem expostas em escritórios e prédios da Santa Sé.

Bela imagem da Igreja refletida na árvore de Natal

Na parte da manhã o Papa Francisco recebeu em audiência as delegações de Grado e Ledro, e os enviados da Palestina martirizada, que doaram os símbolos natalinos para a Praça de São Pedro e para a Sala Paulo VI, respectivamente.

O Pontífice afirmou que os anéis do tronco da árvore de Natal oferecem uma bela imagem da Igreja: “gente e corpo que espalha a luz de Cristo através da sucessão de gerações de crentes. Os velhos deram vida aos mais novos, os jovens abraçam e protegem os mais velhos, em missão no mundo e a caminho do Céu. É assim que o povo santo e fiel de Deus avança”.

Já a manjedoura narra o mistério de Deus feito homem, encarnando a sua pobreza “até ao mais profundo”. É mais uma referência ao Natal, “no qual Deus se faz homem para partilhar plenamente a nossa pobreza, construindo o seu Reino através dos fracos recursos da nossa humanidade, purificados e fortalecidos pela sua graça e não por meios poderosos”.

Na Igreja sempre há lugar para todos, inclusive pecadores

Em seguida, o Santo Padre advertiu que para chegar a Jesus é preciso um barco, que é a Igreja. “Você nunca vem a Ele sozinho, mas sempre em comunidade, navegando naquele grande barquinho que Pedro continua guiando e a bordo do qual, apertando um pouco, há sempre lugar para todos”, destacou.

Francisco assegurou que na Igreja sempre há lugar para todos, inclusive para os pecadores. “Esses são os primeiros, são os privilegiados, porque Jesus veio para os pecadores, para todos nós, não para os Santos. Para todos. Não se esqueçam disso. Todos, todos, todos lá dentro”.

A mensagem de paz e de amor deixada por Jesus é a mesma para todos

Por fim, refletindo sobre os presépios de Belém, o Papa explicou que, mesmo dentro de uma grande diversidade, a mensagem de paz e de amor deixada por Jesus é a mesma para todos. Eles são uma memória para aqueles que, “na terra onde nasceu o Filho de Deus”, sofrem “o drama da guerra”.

“Com lágrimas nos olhos elevamos a nossa oração pela paz. Basta de guerras, chega de violência! Chega de guerras! Que haja paz no mundo inteiro e para todos os homens, a quem Deus ama”, concluiu. (EPC)