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Nicarágua expulsa todas as religiosas do país

As organizações sem fins lucrativos das religiosas foram canceladas. Todas as suas propriedades serão confiscadas. Elas receberam um ultimato para abandonar o país antes do início do novo ano.

Foto: Gabriella Clare Marino/ Unplash

Foto: Gabriella Clare Marino/ Unplash

Redação (05/12/2024 17:33, Gaudium Press) A especialista em direitos humanos e investigadora da perseguição à Igreja na Nicarágua, Martha Patricia Molina, divulgou uma notícia alarmante: as religiosas que ainda se encontram na Nicarágua receberam um ultimato para abandonar o país antes do início do novo ano.

“Nestas semanas, os postos de migração (fronteira terrestre e aeroporto) vão registrar uma grande presença de religiosas, porque a ditadura lhes impôs o ultimato: ‘Elas têm até dezembro para deixar o país’”, denunciou Molina na sua conta X.

“As organizações sem fins lucrativos das religiosas foram canceladas. A maior parte delas já abandonou o país. Todas as suas propriedades serão confiscadas”, afirmou Molina.

Somente em novembro, a ditadura expulsou três sacerdotes, representando uma verdadeira sangria da Igreja no país centro-americano.

Foi também confirmado o exílio forçado para o Panamá do Pe. Floriano Ceferino Vargas.  O sacerdote foi sequestrado por agentes do regime no domingo passado, após uma missa celebrada na igreja de San Martin, em Nueva Guinea, na diocese de Bluefields.

Este último incidente revela um novo modus operandi da ditadura nicaraguense, que consiste em não reter os sacerdotes no país durante muito tempo, mas em expulsá-los rapidamente.

De acordo com os registos mantidos pela investigadora Molina, desde abril de 2018, mais de 250 religiosos foram expulsos, banidos ou forçados ao exílio após serem impedidos de regressar ao país.

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