Homilias não devem durar mais que 10 minutos, aconselha Papa Francisco
O Pontífice explicou que a pregação deve ser uma ideia, um sentimento e uma proposta de ação.
Cidade do Vaticano (04/12/2024 16:14, Gaudium Press) Durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 4 de dezembro, o Papa Francisco continuou sua série de catequeses sobre o Espírito Santo e a Igreja, ressaltando a importância da obra evangelizadora do Espírito Santo e o seu papel na pregação.
Os dois pilares da pregação cristã: Evangelho e Espírito Santo
Utilizando como base a Primeira Carta de São Pedro, na qual os apóstolos são definidos como “aqueles que vos pregaram o Evangelho da parte do Espírito Santo” (1Pd 1,12), o Papa Francisco explicou que os dois pilares da pregação cristã são: seu conteúdo, que é o Evangelho; e seu meio, que é o Espírito Santo.
Sobre o Evangelho, Francisco ensinou que esta palavra possui dois significados. O primeiro refere-se à boa nova anunciada por Nosso Senhor Jesus Cristo durante sua vida terrena. Porém, o termo assume uma nova conotação após a Páscoa, a boa nova é a mensagem central sobre Jesus Cristo, especialmente o mistério pascal de sua morte e ressurreição.
O Santo Padre exortou para que na pregação não se coloque a lei acima da graça, nem as obras acima da Fé. “Devemos sempre começar pelo anúncio do que Cristo fez por nós”, pois o primeiro anúncio é essencial em toda renovação eclesial. “Nada há de mais sólido, mais profundo, mais seguro, mais consistente e mais sábio que esse anúncio”, destacou.
Não façam pregações longas
Em seguida, ressaltou que a eficácia da pregação não se limita a palavras ou doutrinas, mas depende do Espírito Santo. Pregação com a unção do Espírito é transmitir vida e profunda convicção, evitando o uso de meras “palavras persuasivas de sabedoria”.
O Pontífice ofereceu duas orientações fundamentais aos que desejam colocar isso em prática. Primeiro, a oração. “O Espírito Santo chega a quem reza, porque o Pai celeste – está escrito – ‘dará o Seu Espírito aos que lhe pedirem’ (Lc 11,13), sobretudo se o pedirem para anunciar o Evangelho do seu Filho! Ai de quem pregar sem rezar!”, afirmou.
Segundo, a humildade de não pregar a si mesmo, mas a Cristo. Neste sentido, Francisco aconselhou aos pregadores para que não façam pregações longas. “Mais de 8 minutos e a pregação se perde, não se entende. A pregação deve ser uma ideia, um sentimento e uma proposta de ação. E não deve passar de 10 minutos. Nunca! Isso é muito importante”, concluiu. (EPC)
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