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Cristãos sofrem com o avanço das forças rebeldes na Síria

Os rebeldes tomaram Aleppo e continuam avançando.

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Redação (04/12/2024 09:34, Gaudium Press) A situação na Síria parece mais um intrincado quebra-cabeça do que com uma guerra compreensível.

Após episódios extremamente sangrentos, de um conflito que deixou mais de 300.000 mortos desde 2011, as forças diversas que queriam derrubar Bashar al-Assad pareciam ter desistido de seu propósito ou, pelo menos, adormecido.

Porém, agora elas se reconstituíram em um grupo heterogêneo com facções islâmicas radicais e moderadas e conquistaram Aleppo, a cidade habitada mais antiga ainda existente no mundo e que já foi a maior da Síria.

Liderando esse avanço está o Hayat Tahrir al-Sham (HTS), uma antiga afiliada da Al Qaeda na Síria que anteriormente se denominava Frente Al-Nusra. O grupo rompeu oficialmente os laços com a Al Qaeda e tem sido o governante de fato na cidade de Idlib. A eles se juntaram grupos apoiados pela Turquia e outros que previamente contavam com o apoio dos Estados Unidos.

Portanto, há entre os rebeldes todos os tipos de forças que agora se confrontam com Assad, sempre apoiado pela Rússia e, agora, abertamente por milícias iraquianas e iranianas.

Mas no meio deste cenário estão os cristãos.

Embora a maioria da população seja muçulmana, estima-se que haja 2,5 milhões de cristãos na Síria, em sua maioria ortodoxos, com cerca de 300.000 católicos.

“A situação é muito tensa. Há confrontos intensos, muitos mortos e feridos. Os hospitais estão superlotados e o medo é generalizado”, descreve o que está acontecendo em Aleppo o padre Hugo Alaniz, missionário argentino do Instituto do Verbo Encarnado, descreve, em declarações à organização Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

“As pessoas aqui têm grande confiança na intercessão de Deus e no poder da oração. Pedimos orações por essa situação. Que ela passe logo e não cause mais danos”, implora o missionário.

As vias de comunicação mais importantes, incluindo a que liga Aleppo a Damasco, encontram-se interrompidas.

Com informações InfoCatólica

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