Audiência Geral: o carisma é um dom para o bem comum
Continuando o seu ciclo de catequese nesta quarta-feira, 20 de novembro, na Praça de São Pedro, o Papa Francisco destacou os vários dons do Espírito Santo, ou carismas, como elementos vitais para a unidade e o serviço na Igreja.
Redação (20/11/2024 11:59, Gaudium Press) Em suas reflexões na Audiência Geral desta quarta-feira, 20 de novembro, o Papa Francisco convidou os fiéis a refletir sobre os carismas, que considera como dons diversos e únicos do Espírito. “Os carismas são as “joias”, ou os ornamentos, que o Espírito Santo distribui para embelezar a Esposa de Cristo”, sublinhou Francisco. “Chegou o momento de falar sobre esta outra forma de ação do Espírito Santo na Igreja, que é a ação carismática. Há dois elementos que permitem definir o carisma. Em primeiro lugar, o carisma é um dom dado ‘para o bem comum’”. Em segundo lugar, o papa referiu-se à leitura do dia, tirada das palavras de São Paulo aos Coríntios, para explicar que o Espírito Santo confere diferentes dons a cada pessoa. O carisma é um dom dado “a um”, ou “a alguns” em particular, e não a todos da mesma maneira, e é isso que o distingue da graça santificante, das virtudes teologais e dos Sacramentos, que são, pelo contrário, iguais e comuns a todos”, frisou. Estes dons não são privilégios pessoais, mas tesouros destinados a enriquecer a Igreja no seu conjunto.
Redescobrir os carismas
Continuando a sua reflexão sobre a importância dos carismas, o Papa Francisco sublinhou que a sua redescoberta permite assegurar que a promoção dos leigos, e das mulheres em particular, seja entendida “não só como um fato institucional e sociológico, mas também na sua dimensão bíblica e espiritual”. E continuou, “os leigos não são uma espécie de colaboradores externos ou de tropas auxiliares do clero, mas têm carismas e dons próprios com os quais contribuem para a missão da Igreja”.
A caridade multiplica os carismas
Para concluir a sua catequese do dia, o Papa Francisco exprimiu o desejo de “esclarecer um mal-entendido”. Muitos cristãos, quando ouvem falar de carismas, experimentam tristeza ou decepção, pois estão convencidos de que não possuem nenhum e se sentem excluídos ou cristãos de segunda classe”, afirmou. O Sumo Pontífice fez questão de sublinhar que é importante uma verdadeira “interpretação do carisma”, porque se trata de “dons comuns que adquirem um valor extraordinário quando inspirados pelo Espírito Santo e encarnados amorosamente nas situações da vida”.
Inspirando-se em Santo Agostinho, Francisco definiu a caridade como “o caminho por excelência”, que permite a partilha de todos os carismas na unidade da Igreja. A caridade “faz-me amar a Igreja ou a comunidade em que vivo e, na unidade, todos os carismas, e não apenas alguns, são ‘meus’, assim como os ‘meus’ carismas, mesmo que pareçam menores, são de todos e para o bem de todos”, declarou. “A caridade multiplica os carismas, faz do carisma de um o carisma de todos”.
Com informações Vatican news
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