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Audiência Geral: o vínculo único e eternamente indestrutível entre Maria e o Espírito Santo

Na Audiência Geral desta quarta-feira, 13 de novembro, o Papa Francisco prosseguiu com o ciclo de catequeses sobre o Espírito Santo.

Foto: Vatican news

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Redação (13/11/2024 08:47, Gaudium Press) “Maria é um dos meios que o Espírito Santo usa para nos levar a Jesus”, afirmou o Papa Francisco, explicando que a devoção mariana é uma dessas vias pelas quais o Espírito Santo realiza a sua obra de santificação na Igreja, além da Palavra de Deus, Sacramentos, oração. Nossa Senhora é a mãe que nos conduz pela mão em direção a Jesus. Maria nunca aponta para si mesma: Nossa Senhora aponta para Jesus. Esta é a piedade mariana: a Jesus pelas mãos de Nossa Senhora”.

Entre Maria e o Espírito Santo existe um vínculo único e eternamente indestrutível que é a própria pessoa de Cristo, “encarnado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria”. O Papa mencionou o evangelista São Lucas, que evoca a correspondência entre a vinda do Espírito Santo sobre Maria na Anunciação e a sua vinda sobre os discípulos em Pentecostes, usando expressões idênticas em ambos os casos.

Com Maria devemos “aprender a ser dóceis às inspirações do Espírito, especialmente quando Ele nos sugere que nos levantemos depressa para ajudar quem precisa de nós, como fez Maria logo depois que o Anjo a deixou (cf. Lc 1, 39)”. A Mãe de Deus é instrumento do Espírito Santo na sua ação santificadora.

Maria, como primeira discípula e figura da Igreja, é “uma carta escrita com o Espírito do Deus vivo”. “Todos podem conhecê-la e lê-la’ (2 Cor 3, 2), mesmo por aqueles que não sabem ler os livros de teologia, por aqueles ‘pequeninos’ aos quais Jesus diz que os mistérios do Reino, escondidos aos sábios, são revelados (cf. Mt 11, 25)”. E o apóstolo São Paulo definiu a comunidade cristã como uma “carta de Cristo, redigida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não como a Lei, em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, em seus corações”, disse Francisco.

A Mãe da Igreja “oferece-se a Deus como uma página em branco onde Ele pode escrever o que quiser”. O “sim” de Maria – escreveu um famoso exegeta – representa “o ápice de todo comportamento religioso diante de Deus, pois exprime, da maneira mais elevada, a disponibilidade passiva unida à prontidão ativa, o vazio mais profundo que é acompanhado pela maior plenitude. Com o seu exemplo e a sua intercessão, Maria, que disse “sim” a Deus, “encoraja-nos a dizer também o nosso “sim” a Ele cada vez que nos vemos confrontados com uma obediência a cumprir ou uma prova a superar”, frisou o Papa.

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