Papa Francisco adiciona Santo Isaque de Nínive no Martirológio Romano
Este Santo se tornou uma importante autoridade espiritual, especialmente nos círculos monásticos de todas as tradições, que rapidamente o veneraram.
Cidade do Vaticano (11/11/2024 10:11, Gaudium Press) Na manhã do último sábado, 9 de novembro, o Papa Francisco anunciou que Santo Isaque de Nínive, também conhecido como Isaque, o Sírio, um dos mais venerados Padres da tradição sírio-oriental, será incluído no Martirológio Romano.
A unidade da Fé já foi alcançada pelos Santos
O anúncio ocorreu durante a audiência do Pontífice com Sua Santidade Mar Awa III, Patriarca Catholicos da Igreja Assíria do Oriente, por ocasião do 30º aniversário da Declaração Cristológica Conjunta entre a Igreja Católica e a Igreja Assíria e do 40º aniversário da primeira visita a Roma de um Patriarca Assírio.
Em seu discurso, o Santo Padre explicou que a unidade da Fé “já foi alcançada pelos Santos das nossas Igrejas. Eles são nossos melhores guias no caminho em direção à plena comunhão”.
Importância desta inclusão
Através de uma nota, o Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos frisou que “a inclusão de Isaque, o Sírio, no Martirológio Romano mostra que a santidade não se detém às separações e existe além das fronteiras confessionais”.
Além disso, este Dicastério “espera que a inclusão no Martirológio Romano de Isaque de Nínive, testemunha do precioso patrimônio espiritual cristão do Oriente Médio, contribua para a redescoberta de seu ensinamento e para a unidade de todos os discípulos de Cristo”.
Breve história de Santo Isaque
Santo Isaque nasceu na segunda metade do século VII, no que hoje é o Qatar, onde teve sua primeira experiência monástica. Ele pertencia à tradição pré-efesita, ou seja, às Igrejas da tradição assírio-caldeia. Foi ordenado Bispo da cidade de Nínive, perto da atual Mosul (Iraque), pelo Catholicos de Seleucia-Ctesiphon, Jorge I. Após alguns meses de episcopado, ele pediu para voltar à vida monástica e se retirou no mosteiro de Rabban Shabur em Beth Huzaye (atual sudoeste do Irã).
Este Santo compôs diversas coleções de discursos com conteúdo ascético-espiritual que o tornaram famoso. Os seus escritos foram traduzidos para todos os idiomas falados pelos cristãos: grego, árabe, latim, georgiano, eslavo, etíope, romeno e outros. Desta forma, se tornou uma importante autoridade espiritual, especialmente nos círculos monásticos de todas as tradições, que rapidamente o veneraram entre seus Santos e Padres. (EPC)
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