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Angelus: combater a hipocrisia, fazer o bem sem aparecer

Antes de recitar o Angelus na Praça de São Pedro, o Papa exortou os fiéis a combater a tentação da hipocrisia que reside em todos e a fazer o bem com discrição. De acordo com Francisco, o espírito de responsabilidade implica humildade e generosidade, sem orgulho.

Foto: Vatican news

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Redação (10/11/2024 09:48, Gaudium Press) Hoje, 10 de novembro, a respeito do Evangelho do 32º Domingo do Tempo Comum, no qual Jesus denuncia a hipocrisia de alguns escribas, o Papa Francisco refletiu sobre o tipo certo de autoridade, próxima dos humildes e distante dos corruptos. “Alguns, devido ao prestígio e ao poder de que gozavam, olhavam para os outros ‘de cima’, davam-se ares e, escondendo-se atrás de uma fachada de falsa respeitabilidade e legalismo, arrogavam-se privilégios e chegavam até a roubar os mais fracos, como as viúvas”, detalhou Francisco, lamentando que transformassem seu papel, tido em alta estima na sociedade, ‘em um instrumento de arrogância e manipulação’.

“A oração corria o risco de deixar de ser, para eles, um momento de encontro com o Senhor, mas uma oportunidade de ostentação de respeitabilidade e falsa piedade, útil para atrair a atenção das pessoas e obter aprovação”.

Convidando as pessoas a se afastarem, a serem cautelosas e a não imitarem essas pessoas, o Papa destacou o comportamento dos “corruptos”, “alimentando um sistema social e religioso em que era normal tirar vantagem dos outros, especialmente dos mais desfavorecidos, cometendo injustiças e garantindo a impunidade”.

Ao contrário dessas pessoas, Jesus, por meio de suas palavras e exemplo, ensina coisas muito diferentes sobre autoridade. “Ele fala dela em termos de abnegação e serviço humilde, de ternura maternal e paternal para com as pessoas, especialmente as necessitadas”, frisou o pontífice, convidando aqueles em posições de autoridade a “olhar para os outros a partir de sua posição de poder, não para humilhá-los, mas para elevá-los, para dar-lhes esperança e ajuda”.

Como faz todos os domingos, o Papa concluiu com algumas perguntas para um exame de consciência: “Como me comporto em minhas áreas de responsabilidade? Ajo com humildade ou me orgulho de minha posição? Sou generoso e respeitoso com as pessoas, ou as trato com dureza e autoridade? E com meus irmãos e irmãs mais frágeis, estou próximo deles, sei inclinar-me para ajudá-los a se levantar?”

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