Papa aos confessores da Basílica de São Pedro: perdoar sempre sem ser psiquiatras
O Pontífice exortou aos Frades Menores Conventuais, que há 250 anos atendem os fiéis na Basílica Vaticana, para que sejam confessores misericordiosos.
Cidade do Vaticano (25/10/2024 12:36, Gaudium Press) Por ocasião dos 250 anos da presença dos Frades Menores Conventuais a serviço do Sacramento da Reconciliação na Basílica Vaticana, na manhã da última quinta-feira, 24, o Papa Francisco os recebeu em audiência. Durante o encontro, o Santo Padre aconselhou aos religiosos para que não tentem ser psiquiatras, mas confessores misericordiosos que ouvem, consolam e perdoam.
250 anos a serviço do Sacramento da Reconciliação na Basílica Vaticana
O Pontífice também manifestou sua gratidão pelo serviço, assiduidade, paciência e fidelidade realizado na Basílica de São Pedro que diariamente recebe 40 mil pessoas, a maioria pelo turismo, mas também em busca de Deus e para confiar as suas intenções ao Senhor. Dentro desse contexto, a presença de confessores é muito importante.
A missão dos Frades Menores Conventuais a serviço do Sacramento da Reconciliação na Basílica Vaticana permite que milhares de fiéis e peregrinos encontrem o Senhor da misericórdia dentro de um ministério que deve ser exercido tendo presente três aspectos fundamentais: humildade, escuta e misericórdia.
Sejamos ‘os primeiros penitentes em busca de perdão’
Tratando sobre a humildade, o Papa recordou que o tesouro da graça pertence a Deus e, por esse motivo, para ser um bom confessor, é necessário que “sejamos ‘os primeiros penitentes em busca de perdão’”. Já ao falar sobre a escuta, Francisco destacou que é importante não apenas ouvir o que as pessoas falam, mas acolher as suas palavras “como dom de Deus para a própria conversão”.
“Ouvir, não questionar muito. Não ser psiquiatra, por favor: ouvir, ouvir sempre, com mansidão. E quando você vê que há um penitente que começa a ter um pouco de dificuldade, porque tem vergonha: não entendi nada, mas Deus entendeu e isso é importante. Mas, por favor, não ser psiquiatra, quanto menos falar, melhor: ouça, console e perdoe. Você está ali para perdoar!”, aconselhou.
Perdoar sempre, tudo e sem questionar muitas coisas
O Santo Padre acrescentou que o confessor, além de ser misericordioso, deve estar próximo e ter compaixão. “Perdoar sempre, tudo e sem questionar muitas coisas. E se eu não entender? Deus entende, você segue em frente! Que eles sintam misericórdia”, frisou.
Ao finalizar o discurso, agradeceu novamente aos penitencieiros do Vaticano pelos serviços prestados e os exortou a continuarem o ministério: com humildade; com a escuta, e não tanto com perguntas; e com misericórdia. (EPC)
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