Papa Francisco escreve mensagem aos futuros novos Cardeais
O Pontífice assegurou estar rezando por cada um deles, recordando de que o título de ‘servidor’ deve ofuscar cada vez mais o de ‘eminência’.
Cidade do Vaticano (15/10/2024 09:42, Gaudium Press) O Papa Francisco escreveu uma mensagem de boas-vindas aos 21 novos Cardeais que serão criados no dia 7 de dezembro, durante o Consistório que será realizado no Vaticano. Dentre os novos purpurados está o brasileiro Dom Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre (RS), além de presidente da CNBB e do Celam.
No início de sua carta, o Santo Padre recordou que através da criação cardinalícia, eles passarão a fazer parte do clero de Roma, representando assim a unidade da Igreja e o vínculo de todas as Igrejas com a Igreja de Roma. Ele exortou também para que o no cardinalato sejam encarnadas as três atitudes com as quais São João da Cruz foi descrito: olhos altos, mãos juntas e pés descalços.
Tua oração é o que a Igreja mais necessita
Explicando essa definição, escrita pelo poeta argentino Francisco Luis Bernárdez, o Pontífice afirmou que “olhos altos, porque o teu serviço vai exigir que amplies o teu olhar e expandas o teu coração, para poderes olhar mais longe e amar mais universalmente e com maior intensidade”.
“Mãos juntas, pois a tua oração é o que a Igreja mais necessita – junto ao anúncio – para poder apascentar bem o rebanho de Cristo. A oração, que é o âmbito do discernimento para ajudar-me a buscar e a encontrar a vontade de Deus para o nosso povo, e para segui-la”, destacou.
Que o título de ‘servidor’ ofusque o de ‘eminência’
E Pés descalços, “que tocam a aspereza da realidade de muitos rincões do mundo, embriagados de dor e sofrimento por causa das guerras, das discriminações, das perseguições, da fome e das numerosas formas de pobreza que exigirão de ti tanta compaixão e misericórdia”.
Por fim, o Papa manifestou sua gratidão pela generosidade dos futuros Cardeais e assegurou estar rezando por cada um deles, recordando de que o título de ‘servidor’ deve ofuscar cada vez mais o de ‘eminência’. (EPC)
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