Ângelus: a verdadeira riqueza é ser amado por Deus
Como podemos saciar nossa sede de vida e felicidade?” perguntou o Papa aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro. Francisco alertou os presentes sobre a ilusão de segurança oferecida pelas posses materiais, recordando-lhes que o verdadeiro bem que todos desejam é o próprio Deus.
Redação (13/10/2024 10:38, Gaudium Press) No Ângelus deste domingo, 13 de outubro, o Papa Francisco fez uma reflexão sobre o Evangelho de São Marcos (Mc 10, 17-30), a respeito de um jovem rico que pergunta a Jesus o que se deve fazer para herdar a vida eterna. “No início, ele corre em direção a Jesus; no final, porém, ele vai embora triste”, o Papa analisou estes dois movimentos.
Santo Padre vê no fato de o jovem correr em direção a Jesus, um desejo “grande e impetuoso”, “como se algo em seu coração o impelisse”. Certamente, ele carregava uma insatisfação, observa o Papa. O homem possuía muitos bens, mas “ele carregava dentro de si uma inquietação, estava em busca de uma vida mais plena”. Ele se lançou aos pés de Jesus, como fazem “os doentes e os possessos”, manifestando sua necessidade de cura. O Evangelho relata como Jesus, olhando-o com amor, lhe propõe “uma terapia”: vender tudo o que possuía, dar aos pobres e segui-lo. O encontro se conclui de maneira inesperada. O rosto do homem se torna triste e ele vai embora, de maneira “fria e rápida”.
A terapia: vender seus bens
Nós também, ressalta Francisco, carregamos em nosso coração “uma necessidade irreprimível de felicidade e de uma vida cheia de sentido” e, no entanto, adverte o Papa, é fácil “cair na ilusão de pensar que a resposta está na posse de bens materiais e nas seguranças terrenas”. Pelo contrário, Jesus “quer nos reconduzir à verdade de nossos desejos e nos fazer descobrir que, na realidade, o bem que almejamos é o próprio Deus, o seu amor por nós e a vida eterna que Ele e somente Ele pode nos dar.”
Por essa razão, Jesus convida-nos a “arriscar o amor”, vendendo os nossos bens, ou seja, a despojar-nos de nós mesmos e das nossas falsas seguranças, para estarmos atentos aos necessitados e partilharmos os nossos bens, não só as coisas, mas aquilo que somos. Devemos oferecer ao próximo nossos talentos, nossa amizade, nosso tempo.
Em seguida, o Papa convidou aqueles que vieram ouvi-lo na Praça de São Pedro a arriscar o amor, perguntando-se “a que nosso coração está apegado? Como saciamos nossa fome de vida e de felicidade? Sabemos compartilhar com aqueles que são pobres, aqueles que estão em dificuldade ou que precisam de um pouco de atenção, de um sorriso, de uma palavra para ajudá-los a reencontrar a esperança?”.
Francisco frisou que a verdadeira riqueza não são os bens deste mundo, mas “ser amado por Deus e aprender a amar como Ele”. E concluiu, pedindo a intercessão da Virgem Maria para que nos ajude a descobrir em Jesus “o tesouro da vida”.
Com informações Vatican news
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