Convento e Santuário São Francisco recebe relíquias de seu padroeiro
Desde o início do mês a relíquia de São Francisco de Assis está visitando alguns Santuários no Brasil.
São Paulo (10/10/2024 15:15, Gaudium Press) Na manhã da última terça-feira, 8 de outubro, o Convento e Santuário São Francisco, localizado na capital paulista, recebeu a visita de uma relíquia de seu Santo patrono. Tratava-se de um pedaço do hábito com as marcas de sangue que São Francisco usava no dia em que recebeu os estigmas.
A programação especial com a relíquia foi iniciada com a recitação das Laudes, às 7h10; seguida pela celebração de uma Santa Missa. Às 10h, Dom Rogério Augusto das Neves, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Sé, presidiu outra Celebração Eucarística. E ao meio-dia, ocorreu a Santa Missa de encerramento na Igreja das Chagas de São Francisco, da Ordem Franciscana Secular.
Estigmas de São Francisco foram descobertos apenas após a sua morte
Em entrevista ao jornal da Arquidiocese de São Paulo, Frei Mário Luiz Tagliari, OFM, Reitor do Convento e Santuário São Francisco, explicou que “entre as Missas, realizamos um momento devocional a São Francisco, com orações, cânticos e a ladainha de São Francisco. As pessoas também puderam venerar São Francisco, tocar a relíquia e receber a bênção dos frades italianos que são os guardiães da relíquia”.
De acordo com o religioso, os estigmas de São Francisco foram descobertos apenas após a sua morte, em 1226. “Somente dois frades que estavam junto com ele no Monte Alverne sabiam dessas chagas, mas quando ele morreu e tiraram-lhe o hábito para preparar o corpo, encontraram as chagas e todos ficaram muito admirados. São Francisco não queria que as chagas que trazia fossem motivo de alguma glória para si, por isso as escondia a todo custo”, explicou Frei Mário.
Peregrinação da relíquia de São Francisco de Assis
Desde o início do mês a relíquia de São Francisco de Assis está visitando alguns Santuários no Brasil. Esta peregrinação se insere nas celebrações pelos 800 anos da impressão dos estigmas em São Francisco de Assis, pelos 800 anos do presépio de Greccio (idealizado por Francisco em 1223), da Regra de Vida dos Franciscanos (aprovada definitivamente pelo Papa Honório III em 1223), da composição do Cântico das Criaturas (1225) e da morte do Santo (1226).
Para Frei Mário, ter contato com a relíquia que peregrinou ao Brasil proporcionou aos Frades Franciscanos “encontrar-se com a fonte, com a origem, com o Cristo que continua sendo crucificado. São Francisco chorava pelos vales, fora dos muros de Assis, e perguntavam para ele: ‘Por que choras?’, ao que ele dizia ‘Choro porque o Amor não é amado’. Diante dessa relíquia, nós podemos perceber que o Amor, o Cristo, continua não sendo amado por todos. Encontrar-se com essa relíquia é, mais do que tudo, um compromisso para nós também abraçarmos não a cruz, mas o Cristo crucificado”. (EPC)
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