“O verdadeiro poder está no cuidado com os mais fracos”, assegura Papa Francisco
Diante de inúmeros fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Pontífice refletiu sobre o episódio no qual os discípulos de Jesus discutiam sobre quem era o maior.
Cidade do Vaticano (23/09/2024 10:09, Gaudium Press) Durante a alocução que precedeu o Angelus do último domingo, 22, o Papa Francisco refletiu sobre sobre o Evangelho do dia, que tratava sobre o episódio no qual Nosso Senhor Jesus Cristo anunciava o que iria ocorrer no ápice de sua vida.
“O Filho do Homem é entregue às mãos dos homens e eles o matarão, mas depois de três dias ele ressuscitará” (Mc 9,30-37). Segundo o Santo Padre, enquanto seguiam o Mestre, os discípulos tinham outra coisa em suas mentes e lábios, por isso, quando são questionados por Jesus sobre o que estavam falando, eles não respondem.
Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último
“Os discípulos se silenciam porque estavam discutindo sobre quem era o maior. Que contraste com as palavras do Senhor! Enquanto Jesus lhes confiava o sentido da própria vida, eles falavam de poder. E agora a vergonha fecha suas bocas, como antes o orgulho havia fechado seus corações”, explicou.
Em seguida, Jesus lhes diz: ‘Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último’. “Quer ser grande? Faça-se pequeno, coloque-se a serviço de todos. Com uma palavra tão simples quanto decisiva, Jesus renova nosso modo de vida. Ele nos ensina que o verdadeiro poder não está no domínio dos mais fortes, mas no cuidado com os mais fracos”, ressaltou.
Sejamos como Maria, livres da vanglória e prontos para servir
Logo depois, Jesus abraça uma criança e diz aos seus discípulos: ‘Aquele que receber uma destas crianças por causa do meu nome, a mim recebe’. Francisco ensinou que a criança não tem poder, ela tem necessidade. E quando cuidamos do homem, reconhecemos que ele está sempre necessitado de vida. “Nós, todos nós, estamos vivos porque fomos acolhidos, mas o poder nos faz esquecer essa verdade. Então nos tornamos dominadores, não servidores, e os primeiros a sofrer são os últimos: os pequenos, os fracos, os pobres”, advertiu.
Por fim, o Pontífice convidou os fiéis, à luz da Palavra do Evangelho, a se questionarem sobre as seguintes perguntas: “Sei reconhecer o rosto de Jesus nos pequeninos? Eu cuido do meu próximo, servindo com generosidade? Agradeço àqueles que cuidam de mim?”. Concluindo, Francisco exortou a todos para que rezem “juntos a Maria, para sermos como ela, livres da vanglória e prontos para servir”. (EPC)
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