“Eucaristia um vínculo que fortalece o vigor da própria Igreja”, assegura o Papa
Francisco enviou uma mensagem em vídeo aos participantes do 53º Congresso Eucarístico Internacional, que está sendo realizado em Quito, no Equador.
Redação (10/09/2024 09:58, Gaudium Press) Por ocasião da abertura do 53º Congresso Eucarístico Internacional, que está sendo realizado em Quito, no Equador, o Papa enviou uma mensagem em vídeo aos participantes do evento, iniciado no último domingo, 8 e que irá até o dia 15 de setembro.
Recordando o tema do encontro, ‘Fraternidade para curar o mundo’, o Santo Padre afirmou que “as lições que podemos aprender com a Sagrada Eucaristia sempre nos surpreendem”.
O sinal do pão acende no Povo de Deus o desejo de fraternidade
Em seguida, assegurou que “o sinal do pão acende no Povo de Deus o desejo de fraternidade, pois assim como o pão não pode ser amassado de um único grão, também devemos caminhar juntos, porque ‘embora sejamos muitos, somos um só corpo, um só pão’. Citando Santo Inácio de Antioquia, Francisco sublinhou que “é assim que crescemos como irmãos, é assim que crescemos como Igreja, unidos pela água do batismo e purificados pelo fogo do Espírito Santo”.
“Uma fraternidade profunda que nasce da união com Deus, que nasce de nos deixarmos moer, como o trigo, para nos tornarmos pão, corpo de Cristo, participando assim plenamente na Eucaristia e na assembleia dos Santos”, frisou. O Pontífice explicou ainda que esta fraternidade também deve ser proativa, como exemplo disso evocou o pensamento de Angela Autsch, uma freira alemã falecida no campo de concentração de Auschwitz.
Rebelar-se comungando
Antes de ser presa, ela convidou os seus sobrinhos, que pela primeira vez se aproximavam da Sagrada Comunhão, e os seus parentes distantes para permanecerem devotos, rebelarem-se contra o mal com gestos simples, aproximando-se ao máximo do Sacramento do altar, “rebelar-se comungando”.
Para ela, comungar era encontrar na Eucaristia um vínculo que fortalece o vigor da própria Igreja, um vínculo que fortalece esse vigor entre seus membros e com Deus. Ela organizou a rede de resistência que o inimigo não pode desfazer, porque não responde a um desígnio humano.
Se um membro sofre, todo o corpo sofre com ele
O Papa assegurou que estes “são esses gestos simples que nos tornam mais conscientes do fato de que, se um membro sofre, todo o corpo sofre com ele; são eles que nos ajudam a nos tornarmos cireneus de Cristo, que tomou sobre si o peso da dor do mundo para curá-lo”.
Concluindo sua mensagem, o Pontífice exortou os fiéis a “aprender essa lição, recuperar essa fraternidade radical com Deus e entre os homens. Somos um, no único Senhor da nossa vida; somos um de um modo que não podemos compreender plenamente, mas o que compreendemos é que somente nessa unidade podemos servir ao mundo e curá-lo”. (EPC)
Deixe seu comentário