“Os jovens precisam de Deus!”, assegura o Papa aos Oblatos de São José
O Santo Padre recebeu em audiência no Vaticano os participantes 18º Capítulo geral dos Oblatos de São José, os Josefinos de Asti de São José Marello.
Foto: Vatican Media.
Cidade do Vaticano (27/08/2024 09:43, Gaudium Press) Na manhã da última segunda-feira, 26, o Papa Francisco recebeu em audiência no Vaticano os participantes 18º Capítulo geral dos Oblatos de São José, os Josefinos de Asti de São José Marello.
Durante o encontro, o Santo Padre ressaltou três dimensões da existência de José de Nazaré, importantes também para a vida religiosa e para o serviço que eles prestam na Igreja: o escondimento, a paternidade e atenção aos últimos.
Os jovens não precisam de nós
Sobre o escondimento, o Pontífice explicou que São José Marello resumiu esse valor com o lema: “cartuxos em casa e apóstolos fora de casa”. Isso é muito importante para que vocês saibam como enraizar sua vida de Fé e sua consagração religiosa em um estar diário com Jesus. “Não vamos nos iludir, sem Ele não estamos de pé”, afirmou.
Em seguida, incentivou os presentes a cultivarem uma vida intensa de oração, através da participação nos Sacramentos, da escuta e da meditação da Palavra de Deus, da Adoração Eucarística, tanto pessoal quanto comunitária.
Foto: Vatican Media.
“E tudo isso também refletirá positivamente em seu apostolado, especialmente naquela missão que os caracteriza como ‘apóstolos dos jovens’. Os jovens não precisam de nós: eles precisam de Deus!”, destacou.
O Pontífice explicou ainda que os jovens vivem em um mundo feito de exterioridade, porém esse tipo de vida vivida apenas ‘fora’ deixa a pessoa vazia por dentro, como alguém que passa o tempo todo na rua e deixa sua casa cair em ruínas por falta de cuidado e amor.
Então exortou para que “façam de seus corações, suas comunidades, suas casas religiosas, lugares onde se possa sentir e compartilhar o calor da familiaridade com Deus e entre irmãos e irmãs”.
Coração de pai que se comove com seus filhos humilhados
Sobre a paternidade, Francisco recordou as palavras que São José Marello escreveu ao Padre Estêvão Delaude: “pobre juventude, muito abandonada e negligenciada, pobre geração em crescimento, muito deixada à mercê de si mesmo!”.
“Sente-se aqui o coração de um pai, que se comove com a beleza de seus filhos humilhados pela indiferença e pelo desinteresse daqueles que deveriam ajudá-los a dar o melhor de si. E, na mesma carta, ele continua a considerar como é injusta e estéril a atitude daqueles que se limitam a criticar essa juventude, abandonada e desorientada”, comentou o Pontífice.
Foto: Vatican Media.
A Fé generosa de São José
Por fim, sobre a atenção aos últimos, Francisco afirmou que “uma das coisas que chama a atenção no santo marido de Maria é a Fé generosa com a qual ele acolheu em sua casa e em sua vida um Deus que, contrariando todas as expectativas, se apresentou à sua porta no filho de uma jovem frágil, sem possibilidade de recriminação”.
“Não havia nenhum direito que Maria e seu Filho pudessem humanamente reivindicar perante o santo Patriarca, exceto o de uma Presença que somente a Fé poderia reconhecer e a caridade acolher. E José foi capaz de dar esse passo: ele reconheceu a presença real de Deus na pobreza deles e a fez sua, de fato a uniu à sua”, explicou.
O Santo Padre sublinhou que o fato de acolhermos o último é isso. “Não se trata de se rebaixar paternalisticamente à suposta ‘inferioridade’ deles, mas de compartilhar com eles nossa própria pobreza. É isso que nos ensina o fato de Deus ter se feito pobre”, concluiu. (EPC)
Deixe seu comentário