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Franciscanos são confessores no Vaticano há 250 anos

Há 250 anos, em 10 de agosto de 1774, o Papa Clemente XIV nomeou os franciscanos da Ordem dos Frades Menores Conventuais como confessores na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Eles substituíram os jesuítas neste ministério.

Foto: Vatican news

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Redação (11/08/2024 10:29, Gaudium PressA Penitenciária Apostólica é um dos mais antigos dicastérios da Cúria Romana. Suas origens remontam ao século XIII, quando se sentiu a necessidade de auxiliar o Papa no exercício de sua jurisdição para o fórum interno. As faculdades relevantes foram conferidas ao Cardeal Penitenciário, que fez uso de um escritório que já existia durante o pontificado de Gregório IX (1227-1241) para realizar suas funções.

Em 1569, o Papa Pio V estabeleceu três Colégios de Penitenciários com a tarefa de garantir – nas basílicas de São Pedro, São João de Latrão e Santa Maria Maior – uma celebração adequada do Sacramento da Reconciliação. Ele então confiou essa tarefa respectivamente aos jesuítas em São Pedro, aos Frades Menores Observantes em São João de Latrão e aos dominicanos em Santa Maria Maior. Em 1933, Pio XI estabeleceu um quarto Colégio para a basílica de São Paulo Fora dos Muros, confiando-o aos beneditinos.

O primeiro papa a chamar os Franciscanos Conventuais para o delicado ofício de ouvir confissões na cúria papal em São João de Latrão foi Gregório IX, amigo pessoal de São Francisco. Contudo, foi o Papa Clemente XIV, dos Frades Menores Conventuais, que confiou o ministério da penitência em São Pedro aos seus confrades, após a supressão dos jesuítas que haviam oferecido esse serviço na Basílica por dois séculos.

Os franciscanos iniciaram seu ministério como penitenciários em 17 de agosto de 1773. A formulação legal do encargo tomou forma concreta em 10 de agosto de 1774, com o Motu proprio Miserator Dominus, que os constituiu penitenciários vaticanos em caráter perpétuo.

Como residência, o Papa designou o palácio Della Rovere-Pallotta na piazza Scossacavalli, que havia ficado vago devido à supressão dos jesuítas. Em 1948, por ordem de Pio XII, o Colégio foi transferido de sua antiga residência na Via  della Conciliazione para o Palazzo del Tribunale, na Cidade do Vaticano, onde  reside até hoje.

É exigido que os religiosos tenham conhecimento de pelo menos duas línguas, bem como uma sólida formação em Teologia Moral e Direito Canônico, e que sejam membros da ordem dos frades conventuais menores.

Penitenciaria Apostólica

A Penitenciaria Apostólica tem competência sobre tudo o que diz respeito ao foro interno e às Indulgências enquanto expressões da misericórdia divina.

Concede as absolvições das censuras, as dispensas, as comutações, as sanações, as remissões e outras graças para o foro interno, quer sacramental quer não sacramental.

 A Penitenciaria Apostólica provê a que haja, nas Basílicas Papais de Roma, um número suficiente de Penitenciários, dotados das faculdades apropriadas.

A penitenciária do Vaticano funciona com turnos de cinco horas por dia, durante vinte e quatro horas por semana, e atende cerca de 9.000 confissões por ano.

Durante os dias de semana, o horário para as confissões na Basílica é das 7h00 às 12h30 e das 16h00 às 19h00. Nos domingos, o horário é das 7h00 às 13h00 e das 16h00 às 19h00. Quando as audiências são realizadas na Praça de São Pedro, o sacramento da penitência e reconciliação não é celebrado pela manhã, na Basílica.

Com informações Vatican news

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