Presidente do episcopado alemão surpreso com as perguntas dos jovens
Dom Bätzing expressou surpresa ao constatar que, na conversa com os jovens, não surgiram as chamadas “grandes perguntas” relacionadas ao celibato e ao sacerdócio feminino.
Redação (06/08/2024 09:44, Gaudium Press) Em uma entrevista à Rádio Vaticana, o polêmico Dom Georg Bätzing, presidente do episcopado alemão, que acompanhou a peregrinação internacional dos acólitos na semana passada, em Roma, fez uma confissão. Ele revelou que os jovens lhe fizeram perguntas que estavam em seus corações, mas que não eram relacionadas aos tópicos esperados, como celibato e sacerdócio feminino.
Alguns analistas comentaram que o bispo talvez não esteja muito conectado com a realidade-real, ou esteja tendo suas primeiras experiências sinodais reais.
Vatican News: O senhor mencionou anteriormente no programa “Pergunte ao bispo” que ultimamente teve muitas conversas com muitos grupos de acólitos. O que, nessas conversas, o surpreendeu ou inspirou?
Dom Bätzing: Sim, eu havia pensado: como faço para conhecer os jovens. E decidi: quero me reunir com o maior número possível de pequenos grupos. Participamos de muitas celebrações juntos. Milhares de nossa diocese estão aqui, e eu visito os grupos onde eles querem me encontrar. E então eles me fazem perguntas, perguntas que estão em seus corações. E, curiosamente, celibato e sacerdócio feminino não são as grandes perguntas que costumam surgir.
Por exemplo, uma jovem me perguntou ontem: “Qual é a diferença entre a nossa religião e a mitologia?” Primeiro, tive que pensar e depois começamos a conversar. Os jovens estão interessados em perguntas como essa. Mas também percebo que eles querem que esta Igreja se mova, que continue sendo a Igreja deles. Porque eles não querem ficar de fora de seu tempo. Queremos ser pessoas do nosso tempo e, ao mesmo tempo, amigos de Jesus. E eles estão procurando uma conexão.
Neste contexto, o editor da Infocatólica observa que possivelmente essas perguntas não resolvidas e o enfoque na agenda de um reduzido grupo de pressão, que tenta se passar por católicos alemães, ajudam a explicar a contínua apostasia no país, onde a Igreja perde meio milhão de fiéis a cada ano.
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