Santuário de Lourdes reabre piscinas interditadas desde a pandemia
Desde março de 2020, devido à pandemia de Covid-19, os peregrinos que visitam Lourdes não podiam mais banhar-se nas águas milagrosas das piscinas do santuário.
Redação (25/07/2024 11:06, Gaudium Press) A edição de 2024 da Peregrinação Nacional da Assunção, de 12 a 16 de agosto, será marcada pela reabertura das piscinas de Lourdes que estavam fechadas desde o começo da pandemia de Covid-19, em 20 de março de 2020, segundo o jornal La Croix. A imersão nas piscinas havia sido substituída pelo “gesto da água”, que consiste em lavar as mãos e o rosto e beber água da fonte de Lourdes.
A reabertura das piscinas estava prevista para o final de 2024, mas foi anunciada para o dia 12 de agosto. Das dezoito piscinas, apenas cinco estarão abertas para a Peregrinação Nacional, que ocorre todos os anos na festa da Assunção de Nossa Senhora (15 de agosto). De acordo com a reportagem do jornal, foram realizados trabalhos no sistema de circulação e na estação de tratamento de água.
A água de Lourdes é totalmente potável e está associada a muitos milagres. “Esta água não teria virtude sem fé”, disse Santa Bernadette.
A expectativa é de que cerca de 7.000 fiéis participem dessa peregrinação, no entanto, “nem todos poderão entrar nos banhos ainda, mas esperamos poder tornar possíveis 2.000 banhos por dia”, declarou o Pe. Sébastien Antoni, diretor da Peregrinação Nacional francesa a Lourdes. O sacerdote observou que este ano houve um grande aumento na participação: 20% no número de peregrinos e 10% no número de doentes”.
Antes do fechamento das piscinas em 2020, aproximadamente 400.000 banhos eram realizados anualmente.
Origem da fonte milagrosa
Na aparição de 25 de fevereiro, a Santíssima Virgem comunicou a Bernadette Soubirous: “Vai beber à fonte”. Bernadette foi ao rio Gave e bebeu. Contudo, não era ao rio que Ela se referia, mas sim a um canto da gruta. Entretanto, havia ali apenas água suja. A menina cavou e bebeu.
Daquela nascente obscura, por fim, brotou discretamente a água milagrosa. Depois de alguns dias, já borbulhava em abundância para maravilhamento de todos. De tal sorte que os doentes não demoraram em servir-se dela e iniciaram-se as curas inexplicáveis.
O diretor da Peregrinação Nacional de Lourdes explica que entrar na água de Lourdes “é uma resposta confiante a um apelo que a Virgem Maria fez a Bernadete durante as aparições de 1958. Trata-se também de redescobrir uma ligação com o próprio batismo. Somos imersos na água e saímos lavados e purificados”.
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