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Regime chavista agrediu o presidente do episcopado venezuelano

O Arcebispo de Valência tentou minimizar o conflito. No entanto, de acordo com várias fontes, houve relatos de agressão, incluindo a interrupção da Eucaristia.

Mons. González de Zárate – Foto: Wikipedia

Mons. González de Zárate – Foto: Wikipedia

Redação (19/07/2024 15:00, Gaudium Press) O cardeal venezuelano Baltazar condenou veementemente as agressões de um general do Exército contra Dom Jesús González de Zárate, presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, e a equipe da Cáritas Venezuela.

No dia 3 de julho, o Arcebispo de Valência e a equipe da Cáritas prestaram assistência às pessoas afetadas pelas fortes chuvas e enchentes do rio Manzanares, na cidade de Cumanacoa. O regime de Maduro designou o general Nayade Lockuiby como a “única autoridade” de Cumanacoa para lidar com essa emergência, gerada pela passagem do furacão Beryl ao largo da costa venezuelana, que afetou mais de 30.000 pessoas, resultando em mortes.

No dia 15 de julho, diversos meios de comunicação, como o NTN 24, divulgaram testemunhos de pessoas, relatando que “militares fardados interromperam a homilia e advertiram González Zárate de que a única pessoa autorizada a fornecer ajuda aos afetados era o presidente Nicolás Maduro”.

“Diante do espanto e gritos dos paroquianos, que rezavam por Cumanacoa, a Guarda respondeu de forma insultuosa, obrigando o fechamento da igreja. Antes de sair, a GNB [Guarda Nacional Bolivariana] exigiu que o monsenhor deixasse o local, assim como a organização da Cáritas.”

Dias antes, em 28 de julho, os bispos haviam publicado uma exortação pastoral tendo em vista as próximas eleições na Venezuela. Agora, o Cardeal Baltasar Porras, arcebispo emérito de Caracas, relacionou a exortação aos atos de violência contra o arcebispo de Valência.

Se uma pessoa não concorda com a mensagem dos bispos, pode expressar sua opinião, mas não “dessa maneira intempestiva e violenta” que não leva a nada além de “nos separar mais e nos irritar ainda mais”, declarou o cardeal.

Em relação ao major-general Lockiby, o cardeal disse: “Com base em todas as informações diretas que recebemos, a única autoridade que está lá não é a melhor”.

Quanto ao ocorrido em Cumanacoa, é algo “incomum”. Explicou o cardeal que a Cáritas e a Igreja atuam com o objetivo de prestar auxílio às pessoas necessitadas devido aos deslizamentos e às intensas chuvas. Não há motivos para obstruir tais ações que visam única e exclusivamente o bem-estar da população carente, sem qualquer intenção de proselitismo religioso, político ou social.

Dom González de Zárate quis amenizar o ocorrido, afirmando que não sofreu nenhuma agressão física e que foi um incidente desagradável, destacando a importância de haver uma comunicação permanente e efetiva com as autoridades locais para evitar situações semelhantes que só prejudicam os mais necessitados.

 Contudo, múltiplas fontes atestaram que a Eucaristia e a assistência prestada pela Cáritas foram alvo de ataques por parte das autoridades do Estado.

Com informações Aciprensa

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