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Jesuítas abrem noviciado em Bangladesh

Ao permitir que os noviços preservem a sua formação inicial na cultura e nas línguas locais, os jesuítas de Bangladesh esperam despertar mais vocações.

Foto: Akira Hojo/ Unsplash

Foto: Akira Hojo/ Unsplash

Redação (18/07/2024 11:36, Gaudium Press) Três décadas após seu retorno ao Bangladesh, os Jesuítas inauguraram um novo noviciado no dia 16 de julho. Este país no sul da Ásia, onde os cristãos constituem uma minoria, ainda mantém vestígios da presença portuguesa do século XVI. A iniciativa dos Jesuítas é criar oportunidades para novas vocações, garantindo que os noviços recebam sua formação inicial na cultura e no idioma locais. Essa iniciativa conta com o apoio da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

Ao longo de vários anos, a ordem jesuíta enfrentou dificuldades em encontrar um número adequado de jovens para abrir uma casa de formação em Bangladesh, tendo sido necessário enviar os seus noviços para serem formados no exterior, especialmente na vizinha Índia. O Pe. Ripon Rozario, missionário jesuíta superior em Bangladesh, descreve a decisão da Ajuda à Igreja que Sofre de apoiar a fundação de um novo noviciado no país como “uma bênção de Deus”.

Ele relata que teve que completar sua formação fora de Bangladesh, pois há dificuldades na obtenção de vistos para os noviços estudarem no exterior, assim como as complicações relativas a passaportes e outros documentos. “Como Jesuítas, vemos que é bom que a formação inicial seja na cultura e nas línguas locais. Rezamos juntos e decidimos iniciar um noviciado no país,” explica o superior da missão.

A primeira presença de missionários jesuítas data de 1576, mas por razões políticas viram-se obrigados a deixar a missão pouco depois. “Só conseguimos restabelecer-nos no país em 1994, quando os bispos católicos do Bangladesh nos fizeram o convite para regressar”, explica o sacerdote durante uma vista recente à AIS. Atualmente, existem 28 Jesuítas no país, a maioria deles bengalis. “Administramos duas escolas, uma casa de retiros, vários programas espirituais e pastorais, e um centro juvenil chamado Magis Bangla”, observa o Pe. Ripon. “Temos jesuítas de origem tribal”, o que lhes permite falar com as pessoas na sua própria língua.

Os cristãos são uma minoria em Bangladesh, dominado por muçulmanos; numa população de mais de 170 milhões, há 500.000 cristãos e destes 300.000 católicos. A Igreja em Bangladesh é pobre, mas “deu uma enorme contribuição ao país, especialmente nas áreas de saúde e educação”, enfatiza o superior jesuíta em Bangladesh. Devido aos fundos limitados, eles recorreram à organização Ajuda à Igreja que Sofre, que prontamente prometeu seu apoio.

Muitos jovens católicos crescem testemunhando os serviços espirituais e sociais oferecidos pela Igreja, o que os encoraja a descobrir a sua vocação de jesuíta. “Já tínhamos quatro noviços no nosso programa de noviciado e outros seis ingressaram em junho”, relata o Pe. Ripon, que também é mestre de noviços da Companhia de Jesus em Bangladesh.

Com informações Ajuda à Igreja que Sofre (AIS)

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