Os grandes Apóstolos São Pedro e São Paulo
No dia 29 de junho, a Igreja celebra a festa dos grandes Apóstolos São Pedro e São Paulo. Apóstolos por excelência que se distinguiram pela propagação e conservação da Fé, culminando no extremo ato de amor e coragem ao entregar suas vidas através do martírio.
Redação (29/06/2024 15:12, Gaudium Press) São Pedro, chamado Simão, foi escolhido por Nosso Senhor, juntamente com os outros onze apóstolos, para propagar a fé Católica que acabava de nascer. Após proclamar a divindade de Nosso Senhor: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16), Jesus responde: “Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la”, referindo-se à pedra visível, constituída por Pedro e seus sucessores, e à pedra invisível, Ele próprio, que do Céu sustentará seu Corpo Místico. Nada poderá destruí-la, pois se trata de uma instituição divina.
Com efeito, em seus dois mil anos de História, a Igreja atravessou incólume todo gênero de tempestades, delas saindo sempre mais jovem, bela e forte. De maneira que, ao constatarmos a crise da sociedade atual, o crescimento da criminalidade, o completo abandono da moral e tantos outros horrores que grassam pelo mundo, devemos acreditar que a Igreja nunca perecerá. Pelo contrário, quanto mais os homens decaírem, tanto mais o poder de Deus refulgirá em sua obra.
Em seguida, Jesus entrega as chaves do Reino dos Céus nas mãos de Pedro, ou seja, de todos os Papas. Eles podem abrir ou fechar suas portas quando quiserem, pois Jesus Cristo chancela na eternidade o que seu Vigário realiza no tempo.
Após a morte de Cristo, Pedro passa, então, a assumir o papel de chefe da Igreja cuidando com especial solicitude do apostolado com as comunidades de origem hebraica. Ele desempenha magnificamente a missão de Vigário de Cristo até ser preso e condenado à morte de Cruz; porém, julgando-se indigno de morrer do mesmo modo que seu Senhor pede para ser crucificado de cabeça para baixo, e assim se dá.
São Paulo
Paulo, por sua vez, era um fariseu convicto, homem fogoso, empreendedor e conhecedor profundo das realidades da Fé, com grandes horizontes. Porém, era o terror e o flagelo dos cristãos. Obstinado e violento, perseguia-os sem cessar. Mas eis que, subitamente, uma luz o derrubou do cavalo e ao se levantar, tornou-se um ardoroso Apóstolo de Jesus Cristo e grande instrumento para a expansão do Cristianismo, mudando assim o próprio rumo da História.
Através de incontáveis cartas e escritos podemos comprovar o incansável zelo que consumia o Apóstolo pela perseverança e progresso espiritual das diversas comunidades convertidas ao catolicismo. Empreendeu inúmeras viagens percorrendo muitas regiões, espalhando a Boa Nova do Evangelho e confirmando a vocação de “Apóstolo dos Gentios”, uma vez que impulsionou a conversão dos povos não judeus, dando-lhes a oportunidade de fazerem parte do Reino de Cristo.
Seria impossível descrever aqui todo o trabalho realizado por Paulo dada a sua extensa e gloriosa riqueza. Após inúmeras obras a favor do Cristianismo, São Paulo é levado ao cativeiro onde ficou por três anos, até ser condenado à morte por decapitação à espada. Mesmo na hora de sua morte não cessou de realizar admiráveis prodígios, pois ao ser decapitado sua cabeça bateu três vezes no solo dando origem a três abundantes fontes de água.
Ambos são considerados colunas e fundamentos da Igreja, pelo importantíssimo papel desempenhado por eles na propagação e defesa da Fé Cristã. Levaram seu amor a Cristo ao mais alto grau, a ponto de um entregar sua vida pela cruz e o outro, pela espada.
Em suma, São Pedro e São Paulo são um dos grandes exemplos da diversidade de vocações e chamados conferidos por Deus às almas, e ilustram especialmente a excelência da perfeição com que estes chamados devem ser cumpridos com total dedicação e amor ao Senhor.
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