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Dois sacerdotes ucranianos são libertados do cativeiro russo

Os sacerdotes Ivan Levytskyi e Bohdan Helet, membros da Ordem Redentorista, foram capturados em 2022, em Berdyansk, que atualmente está sob ocupação Rússia.

Fotos: synod.ugcc.ua

Fotos: synod.ugcc.ua

Redação (29/06/2024 11:25, Gaudium Press) Dois sacerdotes da Igreja Greco-Católica da Ucrânia, que estavam em cativeiro russo desde 16 de novembro de 2022, finalmente retornaram ao seu país após serem libertados em uma negociação de troca de prisioneiros que também envolveu outros oito civis. Os sacerdotes Ivan Levytskyi e Bohdan Helet, membros da Ordem Redentorista, foram capturados em Berdyansk, que atualmente está sob ocupação Rússia, e só se soube que estavam vivos em maio deste ano.

Os civis libertados pelos russos chegaram à Kiev, nesta sexta-feira (28), onde o núncio apostólico da Ucrânia já os esperava. Em uma entrevista para a Rádio Vaticano, ele admitiu que os Redentoristas, embora fisicamente exaustos, continuavam a ser, acima tudo, sacerdotes. Dom Visvaldas Kulbokas destacou que, apesar das dificuldades, os sacerdotes não se esqueceram daqueles que permanecem em cativeiro, pedindo orações e esforços para ajudar cada um a voltar para casa. Ele ressaltou a importância de continuar a oferecer preces por todos os presos, dado o extremo sofrimento enfrentado por muitos deles após anos em cativeiro.

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A Igreja Greco-Católica Ucraniana relatou que, quando eclodiu a guerra, os sacerdotes decidiram permanecer junto aos seus fiéis, servindo as comunidades de ambos os ritos e oferecendo esperança sob a ocupação russa. Após a sua detenção, eles foram acusados de posse ilegal de armas, uma vez que materiais militares foram colocados na igreja com o intuito de incriminá-los. Há relatos de que eles foram submetidos a terríveis torturas na tentativa de forçá-los a confessar crimes que não cometeram.

O chefe da Igreja Greco-Católica Ucraniana, Sviatloslav Shevchuk, havia pedido repetidamente a libertação deles. E hoje expressou, em uma nota, “gratidão ao Santo Padre, o Papa Francisco, que contribuiu pessoalmente para a libertação dos nossos padres redentoristas Bohdan e Ivan. […] Apesar dos grandes obstáculos, já que a prisão deles durou mais de um ano e meio, os esforços da diplomacia vaticana alcançaram um resultado vitorioso”.

No final da oração do Angelus, por ocasião da festa de São Pedro e São Paulo, padroeiros de Roma, o Papa Francisco agradeceu a Deus pela libertação de dois sacerdotes greco-católicos e fez um apelo para “que todos os prisioneiros desta guerra possam voltar logo para casa. Vamos rezar juntos: que todos os prisioneiros voltem para casa”.

Com informações Vatican news

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