Jornalistas credenciados têm acesso restrito às declarações emitidas pelo Papa
A decisão foi tomada após a expressão ‘frociaggine’ usada pelo Papa diante dos bispos italianos.
Redação (11/06/2024 11:18, Gaudium Press) O jornal Il Messaggero relata que o Papa Francisco resolveu restringir o acesso dos jornalistas às suas declarações, especialmente depois do encontro com os bispos italianos, em 20 de maio, no qual ele usou uma expressão italiana alusiva aos homossexuais que causou indignação em muitas pessoas. O Pontífice havia “recomendado não dizer nada aos jornalistas (que não estavam presentes, exceto os da mídia da Conferência Episcopal Italiana). Porém, a impactante frase sobre ‘frociaggine‘ [ndr. termo depreciativo para se referir aos homossexuais] nos seminários saiu dos muros sagrados (como era previsível).
“O Papa Francisco, cansado de lidar com contínuas emergências de comunicação que prejudicam sua imagem e atrapalham sua ação governamental, decidiu apertar ainda mais as torneiras com a imprensa acreditada junto ao Vaticano. Assim, à já longa série de restrições em vigor (impensáveis na época de Wojtyla e Ratzinger), ele acrescentou outras. Com efeito imediato, muitos dos áudios das audiências aos grupos no Palácio Apostólico, que antes podiam ser ouvidos ao vivo na sala de imprensa, não estarão mais disponíveis, nem os textos dos discursos preparados. Eles sempre eram distribuídos sob sigilo enquanto se aguardava sua leitura [pelo Pontífice] a fim de facilitar o trabalho da imprensa. Somente as catequeses relativas à audiência geral de quarta-feira e à oração do Angelus permanecerão inalteradas e divulgadas. Os textos que serão distribuídos aos jornalistas, no entanto, serão apenas aqueles pronunciados pelo papa de modo a garantir ao Vaticano uma certa vigilância sobre as declarações improvisadas do pontífice”, ressalta o Il Messaggero.
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