Religiosas de Belorado rejeitam a delegação do comissariado pontifício
O Arcebispado de Burgos divulgou um comunicado relatando o ocorrido nesta quinta-feira, 6 de junho de 2024, no Mosteiro de Santa Clara de Belorado.
Redação (08/06/2024 09:55, Gaudium Press) As religiosas clarissas de Belorado, na Espanha, romperam todas as pontes de diálogo com a Igreja. Na última quinta-feira, elas pediram à Guarda Civil que fosse ao mosteiro para impedir a entrada da delegação proposta pelo arcebispo de Burgos, Dom Mário Iceta, comissário pontifício para este caso.
Esta era a composição da delegação que foi ao mosteiro para abrir um possível diálogo com as religiosas e informá-las sobre o procedimento adicional:
Irmã Carmen Ruiz, secretária da Federação das Clarissas Nossa Senhora de Aránzazu, a fim de estabelecer alguma linha de diálogo com as religiosas, particularmente com as mais velhas.
Dom Rodrigo Sáiz, procurador do Comissário Pontifício, para comunicar as competências jurídicas que lhe correspondem sobre a administração dos mosteiros.
Dom Carlos Azcona, tabelião do Tribunal Eclesiástico, responsável por transmitir as notificações pertinentes deste Tribunal sobre a abertura do processo canônico correspondente à declaração de abandono da Igreja Católica.
Para a realização destas tarefas, foi solicitada a assistência da Tabeliã Maria Rosário Garrido, que fez as devidas exigências.
No comunicado, o arcebispo relatou que, “depois de serem atendidos pela Ir. Belén e depois pela Ir. Sion no salão, e pedirem uma entrevista com a ex-abadessa Irmã Isabel, esta transmitiu através da Ir. Belén que, exceto a tabeliã, os outros “não eram bem-vindos” no mosteiro e que deveriam deixá-lo, exigindo a presença de uma patrulha da Guarda Civil em caso de recusa”.
A tabeliã Maria Rosário Garrido foi a única que entrou no convento para entregar os requisitos pertinentes, tanto civis quanto canônicos. Já a “Irmã Carmen Ruiz e Dom Carlos Azcona decidem esperar do lado de fora do mosteiro. Dom Rodrigo Sáiz aguarda no interior a chegada da patrulha da Guarda Civil, fazendo valer seu direito como procurador do Comissário Pontifício. […] A patrulha indica que serão realizados ‘procedimentos preventivos’ e que, em seguida, entrevistarão as religiosas. Nesse momento, Dom Rodrigo deixa o mosteiro por livre e espontânea vontade após falar com a Guarda Civil”, informou a Arquidiocese.
No comunicado, a Arquidiocese afirma que o ocorrido “pode ser interpretado como gestos de hostilidade que demonstram a falta de intenção da comunidade de estabelecer qualquer diálogo com a pessoa nomeada pela Santa Sé e sua equipe. Mesmo assim, o Comissário Pontifício mantém sua disposição em construir pontes e encontrar caminhos adequados para chegar a uma solução”.
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