Cardeal da Nova Zelândia absolvido pelo Vaticano e pela polícia em suposto caso de abuso
A arquidiocese emitiu um comunicado, em 5 de junho, explicando que a polícia da Nova Zelândia também havia conduzido uma extensa investigação que resultou na decisão de não prosseguir com as acusações.
Redação (06/06/2024 10:48, Gaudium Press) Uma revisão dirigida pelo Vaticano sobre uma denúncia de abuso contra o cardeal neozelandês John Dew concluiu que não há necessidade de uma nova investigação por parte da Igreja, conforme declarado pelo arcebispo Paul Martin de Wellington à CNA nesta última quarta-feira.
A alegação de abuso sexual foi feita contra Dew um dia após ele deixar o arcebispado de Wellington, em maio do ano passado.
Em 5 de junho, a arquidiocese anunciou que a polícia da Nova Zelândia também havia realizado uma extensa investigação, resultando na decisão de não apresentar acusações.
As alegações remontavam à década de 1970 e estavam relacionadas a um suposto incidente no Orfanato St. Joseph em Upper Hutt, administrado pelas Irmãs da Misericórdia, onde o Cardeal Dew servia como padre assistente na época.
“Após as acusações, o cardeal decidiu se retirar de todas as atividades públicas da Igreja, enquanto a polícia conduzia sua investigação”, revelou o Arcebispo Martin.
“Após a confirmação, em março, de que não haveria acusações formais, o Cardeal Dew permaneceu em espera, aguardando uma investigação separada, conduzida pelo Vaticano, seguindo os protocolos da Igreja para lidar com denúncias contra bispos a nível internacional.”
Segundo Dom Martin, a revisão da Igreja foi finalizada e não foram propostas mais ações, Dom Dew está livre para retomar as atividades públicas da Igreja.
“Esta tem sido uma experiência angustiante e dolorosa para todos os envolvidos”, comentou Dom Martin. “A Igreja continua firme em sua responsabilidade pastoral de oferecer suporte a todas as partes afetadas. Isso inclui o denunciante, a quem a Igreja continua a oferecer apoio”.
O cardeal sempre negou as acusações: “afirmei imediatamente, e afirmo novamente agora, que nunca houve nenhum caso de comportamento impróprio ou abusivo em meus 48 anos de sacerdócio”.
Em uma carta enviada à CNA em março, ele ressaltou seu compromisso com seu lema episcopal, “Paz pela Integridade”. “Não conheço a pessoa que fez as acusações e nunca o vi. A acusação contra mim é falsa; pode vir de um contexto de angústia e dor decorrente de outros motivos”, escreveu o cardeal.
Com informações CNA
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