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Polêmica: Papa insiste que não se deve aceitar homossexuais nos seminários

A polêmica surgiu principalmente devido ao emprego de um termo em língua italiana. Já houve um pedido de desculpas.

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Redação (29/05/2024 10:16, Gaudium Press) Quase todos os principais meios de comunicação trataram do assunto, algo que não é tão comum dada a sua unanimidade. O Papa havia dito, em uma conversa privada com cerca de 230 bispos da Conferência Episcopal Italiana (CEI), em 20 de maio passado, que havia um ambiente muito homossexual nos seminários, utilizando o termo “frociaggine”, que, em certos contextos, é considerado ofensivo.

O pontífice, cuja língua materna é o espanhol, havia pedido que homossexuais não fossem admitidos nos seminários, mas a atenção da mídia concentrou-se na expressão “frociaggine”, que alguns descrevem como homofóbica.

“O papa nunca teve a intenção de ofender ou se expressar em termos homofóbicos, e pede desculpas àqueles que se sentiram ofendidos pelo uso de um termo relatado por outras pessoas”, declarou o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano em um comunicado divulgado aos jornalistas.

“O Papa Francisco está ciente dos artigos publicados recentemente sobre uma conversa, a portas fechadas, com os bispos da Conferência Episcopal Italiana e, como ele ressaltou em várias ocasiões: ‘na Igreja há espaço para todos, para todos! Ninguém é inútil, ninguém é supérfluo, há espaço para todos”

Segundo o Il Corriere della Sera, mais do que constrangimento, a expressão do pontífice foi recebida com algumas risadas incrédulas, evidenciando que Francisco não estava ciente de como essa palavra é ofensiva em italiano.

De qualquer forma, a declaração do Papa perante a CEI acaba por apoiar tanto a Instrução sobre os critérios de discernimento vocacional em relação às pessoas com tendências homossexuais antes de sua admissão ao seminário e às ordens sagradas – assinada pelo Cardeal Grocholewski como Prefeito da Congregação para a Educação Católica em 2005 – quanto o documento O Dom da Vocação Sacerdotalassinado com a aprovação de Francisco pelo cardeal Stella como prefeito da Congregação para o Clero, onde é citado o documento anterior, afirmando que “em relação às pessoas com tendências homossexuais que se aproximam dos seminários, ou que descobrem tal situação no decurso da formação, em coerência com o próprio Magistério, “a Igreja, embora respeitando profundamente as pessoas em questão, não pode admitir ao Seminário e às Ordens Sagradas aqueles que praticam a homossexualidade, apresentam tendências homossexuais profundamente radicadas ou apoiam a chamada cultura gay. Estas pessoas encontram-se, de fato, numa situação que constitui um grave obstáculo a um correto relacionamento com homens e mulheres. De modo algum, se hão de descuidar as consequências negativas que podem derivar da Ordenação de pessoas com tendências homossexuais profundamente arraigadas”.

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