Audiência Geral: Humildade, porta de entrada para todas as virtudes
Encerrando seu ciclo de catequese sobre vícios e virtudes, o Papa meditou sobre a humildade nesta quarta-feira, 22 de maio, durante a audiência geral na Praça de São Pedro.
Redação (22/05/2024 08:58, Gaudium Press) O Papa Francisco dedicou à humildade a vigésima e última catequese do ciclo sobre vícios e virtudes, iniciado na audiência geral de 27 de dezembro passado. “A humildade é a grande antagonista do mais mortal dos vícios, a soberba. Enquanto o orgulho e a soberba inflam o coração humano, fazendo-nos parecer mais do que somos, a humildade repõe tudo na dimensão certa: somos criaturas maravilhosas, mas limitadas, com qualidades e defeitos”, explicou o pontífice aos fiéis, recordando a etimologia do adjetivo relativo à humildade. “Humilde” vem de “húmus”, ou seja, a terra; somos de fato pó e ao pó voltaremos.
“No entanto, muitas vezes surgem delírios de onipotência no coração humano, o que é muito perigoso!”, lamenta o Papa, aconselhando-nos a meditar sobre os mistérios que nos cercam, como um céu estrelado, “para nos libertarmos do orgulho”.
“Felizes os que guardam no coração esta percepção da própria pequenez: são preservados da arrogância”, acrescentou Francisco, citando as bem-aventuranças. “A mansidão, a misericórdia, a pureza de coração nascem desse sentimento interior de pequenez. A humildade é a porta de entrada para todas as virtudes”.
Desde as primeiras páginas do Evangelho, a humildade e a pobreza de espírito parecem ser a fonte de tudo. “O anúncio do anjo não ocorre às portas de Jerusalém, mas em uma aldeia remota na Galileia, […] A heroína escolhida não é uma pequena rainha que cresceu numa infância acolhedora, mas uma jovem desconhecida: Maria”, recorda o bispo de Roma, insistindo na “pequenez interior” de Maria como exemplo.
“Num mundo onde as pessoas procuram aparecer, mostrar-se superiores aos outros, Maria caminha resolutamente, só com a força da graça de Deus, na direção oposta”, ressaltou o papa.
“A humildade é tudo. É ela quem nos salva do Maligno e do perigo de nos tornarmos seus cúmplices. Ela é a fonte da paz no mundo e na Igreja”. Francisco concluiu: “Onde não há humildade, há guerra, há discórdia, há divisão. A humildade é precisamente a via, o caminho para a salvação”.
Com informações vatican.va
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