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Bielorrússia: dois missionários presos pelo governo

Dois missionários Oblatos de Maria Imaculada (OIM) foram presos na Bielorrússia. O anúncio foi feito pelo Superior Geral Luis Ignacio Rois Alonso nesta segunda-feira.

Foto: Andrzej YUCHNEVICH e Pavel LEMEKH. Foto: omiworld.org

Foto: Pe. Andrzej YUCHNEVICH e Pe. Pavel LEMEKH. Foto: omiworld.org

Redação (13/05/2024 15:42, Gaudium Press) O Superior Geral dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada, Pe. Rois Alonso expressou profunda preocupação com a “notícia da prisão de dois dos nossos irmãos na Bielorrússia”, os sacerdotes Andrzej Yuchnevich e Pavel Lemekh, que desempenham trabalho missionário no santuário diocesano de Nossa Senhora de Fátima, em Šumilin.

Até o momento, os detalhes sobre os motivos da prisão ainda não foram divulgados. Eles estão atualmente aguardando julgamento e estão sob custódia bielorrussa, por supostas atividades subversivas contra o Estado bielorrusso. Ambos os sacerdotes são cidadãos bielorrussos, de acordo com a ordem.

O Pe. Andrzej Yuchnevichi, OMI, superior da Missão Oblata na Bielorrússia, havia expressado publicamente solidariedade ao povo ucraniano no início da invasão da Ucrânia pela Rússia, pedindo orações pelo fim da guerra.

 O porta-voz da Província Polonesa da Ordem, à qual a Missão Oblata na Bielorrússia está vinculada, confirmou a detenção dos dois missionários oblatos da diocese de Vitebsk pelas autoridades locais.

Não é um episódio isolado

Esta detenção não é um episódio isolado. De acordo com a Christian Vision, organização que monitora a liberdade religiosa em Belarus, pelo menos 60 sacerdotes foram alvos de perseguição política desde 11 de outubro de 2023. Com efeito, desde os protestos em todo o país, no verão de 2020, quando as eleições presidenciais foram consideradas fraudulentas em favor do governante Alexander Lukashenko, as autoridades bielorrussas têm reprimido vigorosamente as críticas ao regime e tomado medidas contra a Igreja Católica, à qual mais de dez por cento dos bielorrussos pertencem. Vários clérigos estão presos por motivos questionáveis.

O assunto também foi tratado, no ano passado, numa proposta de resolução da Comissão dos Assuntos Externos do Parlamento Europeu. O texto solicitava ao Parlamento Europeu que condenasse veementemente “a perseguição das comunidades religiosas na Bielorrússia, bem como a perseguição de sacerdotes e leigos que se recusam a apoiar a posição do regime de Lukashenko”.

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