Filipinas: Arquidiocese de Cebu pede que Museu Nacional devolva painéis sacros
A Arquidiocese de Cebu anunciou que solicitou ao Museu Nacional das Filipinas (NMP) a devolução de quatro painéis do púlpito retirados do santuário de Maria Santíssima em Boljoon, Cebu
Redação (21/02/2024 08:00, Gaudium Press) A Arquidiocese de Cebu anunciou que solicitou ao Museu Nacional das Filipinas (NMP) a devolução de quatro painéis do púlpito retirados do santuário de Maria Santíssima em Boljoon, Cebu.
O púlpito do século XIX da igreja era composto por seis painéis representando Santo Agostinho de Hipona. No entanto, de acordo com um comunicado de Dom José Palma, Arcebispo de Cebu, os painéis foram removidos sem autorização da igreja, em 1988.
O Arcebispo explicou que “não há nenhum registro oficial nos Arquivos Arquidiocesanos ou no Escritório da Cúria de qualquer pedido do Pároco na época, Pe. Faustino Cortes, solicitando aprovação para desconsagrá-los para remoção, muito menos a transferência para terceiros em troca de benefício financeiro para a paróquia”.
No comunicado da diocese, Dom Palma solicita que os painéis sejam imediatamente devolvidos ao santuário diocesano e ressalta a natureza sagrada dos objetos, explicando que a remoção ilegal dos mesmos constitui um sacrilégio.
A governadora de Cebu, Gwendolyn García, também pediu que os painéis sejam devolvidos à igreja. O governo do município de Boljoon, localizado a 104 quilômetros de Cebu, também solicita a restituição dos objetos sacros.
O Santuário do Patrocínio de Maria Santíssima de Boljoon tem 400 anos de idade e foi declarado Monumento Histórico Nacional em 1999. O púlpito da igreja originalmente possuía 6 painéis, dos quais um está em posse da igreja, um continua desaparecido e os outros quatro estão atualmente expostos no Museu Nacional.
Por sua vez, o Museu Nacional explicou que os painéis foram doados no último dia 13 de fevereiro por dois colecionadores privados, Edwin e Aileen Bautista, que adquiriram os objetos de forma legítima. O Museu destacou o compromisso ético dos colecionadores, bem como sua dedicação em preservar o patrimônio cultural da nação filipina. No entanto, o Museu está aberto ao diálogo e à colaboração. (FM)
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