Terroristas atacam e destroem capela de missão católica em Moçambique
Terroristas ligados ao Estado islâmico invadiram uma missão católica no norte de Moçambique e destruíram a igreja e as instalações paroquiais
Redação (19/02/2024 12:00, Gaudium Press) A missão católica de Nossa Senhora da África de Mazeze foi atacada por jihadistas ligados ao Estado Islâmico em 12 de fevereiro passado. Segundo relatos do administrador do distrito de Chiúre, em Moçambique, homens armados invadiram a missão, destruíram e incendiaram a capela católica, bem como outras residências.
O sacerdote brasileiro Salvador Maria Rodrigues de Brito, responsável pela Missão Nossa Senhora de África, confirmou o ataque terrorista. Ele relatou que os homens armados atacaram a sede do posto administrativo de Mazeze por volta das 18 horas da última segunda-feira, 12 de fevereiro.
Além disso, destruíram o centro de saúde e a escola local. Os edifícios da missão também foram atacados e destruídos, incluindo a casa paroquial, a secretaria paroquial e a igreja. Parte dessas instalações havia sido recentemente construída. Apesar de não ter havido vítimas fatais, os terroristas foram meticulosos em sua destruição, informou o sacerdote.
A Missão Nossa Senhora de África é sede de um projeto social chamado “Janela do Futuro”, e parte do patrimônio do projeto foi igualmente destruído no ataque. Felizmente, o padre Salvador Rodrigues relatou que muitas pessoas já haviam sido evacuadas do local. Prevendo o pior, o sacerdote resgatou o Santíssimo Sacramento da igreja, bem como os registros paroquiais de batismos e matrimônios.
Após a recitação do Angelus no último domingo (18), o Papa Francisco fez questão de rezar pela difícil situação pela qual passa a região norte de Moçambique, em Cabo Delgado, com o aumento dos ataques dos radicais islamitas.
Moçambique enfrenta desde 2017 um aumento da violência por parte dos terroristas do norte do país. Os ataques estavam concentrados na região de Cabo Delgado, porém agora começam a se estender para as regiões vizinhas. A violência já fez mais de 4 mil vítimas, e a insegurança na região já causou o êxodo de milhares de pessoas. (FM)
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