Fechamento de mosteiros é “um fenômeno alemão e europeu”
Os franciscanos fecharão seu mosteiro de Engelberg, na Alemanha, até o final de julho. “O número de franciscanos está diminuindo em nosso país, mas estamos crescendo em todo o mundo – como na África ou no Vietnã”.
Redação (09/02/2024 10:12, Gaudium Press) A origem do mosteiro e da igreja de Engelberg remonta aos tempos pagãos, quando era um local de culto ao deus nórdico Wotan. Por volta de 1300, uma capela simples de madeira foi construída na montanha, dedicada ao Arcanjo São Miguel, geralmente escolhido para ser o padroeiro das igrejas em locais onde antes havia santuários pagãos. No início do século 14, uma imagem de Nossa Senhora, Rainha dos Anjos, foi colocada na capela, que ainda hoje é venerada como uma imagem milagrosa e um destino para peregrinações.
Em 1630, com o aumento do número de peregrinos, o arcebispo de Mainz, Anselmo Casimir Wambolt von Umstadt, a cujo distrito a área pertencia na época, trouxe os capuchinhos para Engelberg e ordenou a construção de um mosteiro para eles.
Em 1828, por determinação do rei Luís I da Baviera, o mosteiro foi ocupado pelos franciscanos da Província Franciscana da Baviera.
Nos últimos anos, apenas dois irmãos estavam vivendo no mosteiro. A decisão de fechar o mosteiro se deve “à falta de jovens monges para a ordem, o que torna cada vez mais difícil manter adequadamente as atuais 26 comunidades franciscanas na Alemanha”, observaram os franciscanos.
“Já em 2019, num processo interno para decidir o futuro da Ordem, foi feita uma classificação das comunidades da Província Franciscana Alemã. Com base nesta classificação e na falta de novas vocações, a direção provincial decidiu fechar o mosteiro de Engelberg em julho de 2024”.
Em declaração ao site de notícias católicas alemã katholisch.de, Frei Othmar Brüggemann afirmou: “Em última análise, o encerramento de mosteiros em nosso país é mais um fenômeno alemão, um fenômeno europeu. O número de franciscanos está diminuindo em nosso país, mas estamos crescendo em todo o mundo – como na África ou no Vietnã”,
“A Diocese de Würzburg também está procurando uma nova comunidade para ocupar o Mosteiro de Engelberg, para que o local não fique abandonado,” ressaltou Frei Othmar Brüggemann.
O franciscano explicou que , devido a uma “situação de emergência” no mosteiro de Engelberg, “os Irmãos foram embora para outros lugares e nós, os dois sacerdotes restantes, somos necessários em outro local”.
Com efeito, “até recentemente, éramos três aqui no mosteiro de Engelberg”, lembrou Frei Othmar. “Mas nosso terceiro confrade teve que ser transferido em meados de janeiro por motivo de doença. Agora somos apenas dois. Quando um está viajando, o outro geralmente fica sozinho. Esse não é um bom número”.
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