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Comunidade católica na Turquia aterrorizada com o atentado de Istambul

O vigário de Istambul compartilhou sua preocupação sobre o potencial impacto na comunidade cristã local, levantando dúvidas sobre o futuro da presença cristã no país.

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Redação (29/01/2024 11:45, Gaudium Press) O atentado ocorrido ontem na paróquia franciscana de Santa Maria, localizada em Istambul, revela o terror que vive a pequena comunidade cristã da Turquia.

Às 11h (horário local), dois homens armados e encapuzados invadiram a igreja durante a Celebração Eucarística, que contava com a presença de 40 fiéis, e começaram a atirar. Os fiéis fugiram desesperados, e os agressores saíram rapidamente do local após matar Tuncer Ciuhan, de 52 anos, que participava da missa. O cônsul polonês em Istambul também se encontrava na igreja.

A agência Amaq, afiliada aos jihadistas, emitiu um comunicado, assinalando que o ataque foi uma resposta ao apelo dos líderes do Estado Islâmico para atacar judeus e cristãos em todos os lugares. Assim, eles atacaram “uma reunião de infiéis cristãos durante a sua cerimônia politeísta”.

O presidente turco, Erdogan, disse que todas as “medidas necessárias” serão tomadas para punir os agressores. A polícia já prendeu os responsáveis, que tentavam deixar a área. De acordo com o ministro do Interior turco, um é cidadão da Rússia e o outro do Tajiquistão, ambos membros do Estado Islâmico.

Um clima angustiante de tensão

Após o ataque, Dom Maximiliano Palinuro, vigário apostólico de Istambul, concedeu uma entrevista ao Asia News, na qual descreveu o clima de tensão e medo que assola a comunidade cristã, afirmando que o ataque “levanta preocupações sobre o futuro da presença cristã neste país. Ultimamente, respirava-se um clima de maior serenidade, só esperamos que este evento possa ser isolado.”

Dom Palinuro também destacou que “desde outubro, com os acontecimentos da guerra de Gaza, criou-se um clima de hostilidade crescente em relação ao Ocidente em geral e, consequentemente, também em relação ao cristianismo”. Ele explica que os terroristas “muitas vezes não conseguem ou não querem fazer distinções entre o Ocidente, Israel, o cristianismo e a Igreja Católica. E é um paradoxo que tenham como alvo os cristãos, quando os próprios cristãos de Gaza são vítimas, juntamente com os muçulmanos, dos ataques das tropas israelitas.”

Circula nas redes sociais um vídeo do momento em que os terroristas entram na igreja e começam a atirar indiscriminadamente.

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