Ortega enlouquece: segundo bispo é preso na Nicarágua
O bispo de Siuna foi detido por anunciar que estavam sendo feitas orações pelo bispo Dom Rolando Álvarez, que continua na prisão.
Redação (21/12/2023 10:20, Gaudium Press) Justamente quando circulavam rumores sobre a possível libertação de Dom Rolando Álvarez, que estaria com a saúde debilitada, veio à tona a notícia da detenção de Dom Isidoro del Carmen Mora, bispo de Siuna.
A prisão do bispo evidencia o assédio policial e a vigilância a que está submetida a Igreja Católica na Nicarágua.
O fato é que Dom Mora informou aos paroquianos que a Conferência Episcopal da Nicarágua estava em oração por Dom Álvarez, bispo de Matagalpa, detido há 16 meses e cumprindo uma sentença iníqua de 26 anos de prisão.
“Estamos sempre unidos em oração por esta querida diocese de Matagalpa, rezando por Dom Orlando e pela jornada de cada um de vocês. Estamos unidos na oração, na comunhão, na fé, no amor e na ternura”, afirmou Dom Mora nesta terça-feira, durante a missa que celebrava a fundação canônica na Catedral de San Pedro de Matagalpa, sede de Dom Alvarez. Isso lhe valeu a prisão.
O destino do bispo ainda não é conhecido.
Dom Mora também elogiou a fé presente na diocese de Dom Alvarez:
“Deus me respondeu no campo da missão, em todos os cantos da Diocese a que pertenço, encontro católicos em abundância. Não há uma paróquia em que eu não veja um Matagalpino, um irmão de Rio Blanco, Matiguá, Esquipulas, São Dionísio, Rancho Grande, Muy Muy, até mesmo de Cacau. Irmãos, eu diria que isso é loucura. Isso é loucura do ponto de vista do amor. E até o bispo é de Matagalpa. E tenho orgulho de sair, como disse, deste lugar”, expressou, confirmando os frutos do ministério pastoral do bispo Álvarez, que se encontra na prisão.
As reações a esta nova detenção já são inúmeras, tanto dentro como fora do país, as quais se unem ao movimento que há algum tempo vem exigindo a libertação incondicional do Bispo Álvarez.
Há poucos dias, o ex-candidato à presidência dos EUA e senador, Marco Rubio, pediu ao papa que “intercedesse pela libertação” de Dom Alvarez em uma carta datada de 13 de dezembro.
“Peço-lhe humildemente que interceda pela libertação de Dom Alvarez e pelo direito de culto de todos os católicos na Nicarágua”, escreveu o senador.
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