Comunidades religiosas na Eslovênia: suicídio assistido é inaceitável
“A introdução legal da possibilidade de suicídio assistido forneceria um incentivo indireto para que os pacientes acabassem com suas vidas, o que rejeitamos categoricamente”.
Redação (21/12/2023 10:00, Gaudium Press) As Igrejas e comunidades religiosas na Eslovênia estão alertando conjuntamente contra a legalização do suicídio assistido. Os principais representantes de cristãos, muçulmanos e judeus no país assinaram publicamente uma declaração conjunta em Liubliana, nesta última terça-feira, dia 19 de dezembro.
Os líderes religiosos enfatizam, entre outras coisas, que a introdução legal da possibilidade de suicídio assistido representa um incentivo indireto para que os pacientes acabem com a própria vida, “o que rejeitamos categoricamente”. Trata-se de uma “medida eticamente inaceitável” para ajudar os doentes terminais, a qual abre caminho para uma distinção entre vida “digna” e “indigna”.
Pelo contrário, tudo deve ser feito para ajudar as pessoas que estão sofrendo, para aliviar sua dor, para estar perto delas e para dar-lhes todo o apoio médico, religioso e emocional de que precisam.
Além disso, todo ser humano já tem a oportunidade de “rejeitar aquelas terapias que não eliminariam o sofrimento e a doença, mas apenas prolongariam a agonia”, apontam os representantes religiosos. “Devemos nos esforçar para que os doentes terminais não se sintam sobrecarregados para a sociedade, que não se sintam inúteis e que todos tenham consciência do valor e da dignidade de todos, incluindo a vida vulnerável. Os recursos da sociedade devem ser investidos em uma visão holística do ser humano e na ampliação dos cuidados paliativos.”
“O valor da vida humana, que é um dom do Criador, deve ser respeitado e alimentado na nossa sociedade”.
Os representantes religiosos concluem, pedindo a imediata retirada deste projeto de lei sobre o fim voluntário da vida e que se busquem respostas duradouras, humanitárias e dignas para a questão do sofrimento humano.
“A tentativa de introduzir o suicídio assistido significa uma mudança na cultura e na imagem do homem e da dignidade humana”, alertou o presidente da Conferência Episcopal Católica, Dom Andrej Saje.
O suicídio assistido não é atualmente permitido na Eslovênia.
Com informações druzina.si
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