EUA: bispos declaram aborto como prioridade máxima
A orientação política que os bispos dos EUA divulgarão aos eleitores católicos tem em vista as eleições presidenciais de 2024.
Redação (17/11/2023 09:44, Gaudium Press) O aborto, para os bispos americanos e para a Igreja dos EUA, é uma “ameaça proeminente”. Esta qualificação, que tem sido fonte de debate dentro do episcopado, foi mantida, na última quarta-feira, quando os bispos votaram de forma esmagadora (225-11, com sete abstenções) a aprovação de uma introdução revisada ao guia “Formando Consciências para uma Cidadania Fiel” em sua assembleia anual de outono, em Baltimore.
“A ameaça do aborto continua a ser a nossa prioridade máxima porque ataca diretamente os nossos irmãos e irmãs mais vulneráveis e sem voz, e destrói mais de um milhão de vidas por ano só no nosso país”, segundo o texto da nova introdução do guia, onde também inclui referências à eutanásia, à violência armada, ao terrorismo, à pena de morte e ao tráfico de seres humanos como “outras ameaças graves à vida e à dignidade da pessoa humana”.
A introdução revisada também estabelece que a “redefinição do casamento e do gênero […] ameaça a dignidade da pessoa humana”.
Após a votação, o arcebispo de Baltimore, William Lori, vice-presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA, frisou: “Somos chamados a nos solidarizar radicalmente com as mulheres com gestações difíceis e seus filhos por nascer, e a oferecer a elas o tipo de apoio, serviços e políticas públicas de que precisam”.
“Portanto, não se trata apenas de uma questão de política pública. É uma questão profundamente pastoral de amar as mães necessitadas, caminhar com elas, ajudá-las a terem seus bebês e, depois, fornecer-lhes o que precisam para seguir em frente”.
“Em uma cultura onde há tanta morte e tanto desrespeito pela vida, nós, bispos, e como uma família católica, uma família católica unida, precisamos nos manter unidos”.
“Acho que é importante lembrar o propósito disso”, disse Dom Lori, referindo-se ao guia de votação, “que é, em primeiro lugar, ajudar os membros individuais da Igreja a formar suas consciências. Não é simplesmente perguntar: ‘Quem é o meu candidato favorito?’ De quem eu gosto? Que tipo de ideologia me atrai?’ Mas sim dar um passo e dizer: ‘O que diz a minha Igreja? O que nossa tradição diz sobre a ordem pública e o que é bom, verdadeiro, correto e justo?”, ressaltou o arcebispo de Baltimore, que preside a assembleia episcopal do outono.
Com informações CNA
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