Bispos dos EUA condenam aumento do ódio religioso
O Cardeal Dolan fez um apelo ao arrependimento para os que foram dominados pelo ódio e para que as pessoas de boa vontade defendam corajosamente a paz.
Nova York – Estados Unidos (03/11/2023 16:53, Gaudium Press) Em resposta ao aumento dos atos de ódio religioso nos Estados Unidos, o Arcebispo Metropolitano de Nova York e presidente do Comitê de Liberdade Religiosa da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA, Cardeal Timothy Dolan, emitiu uma dura repreensão.
Odiar o próximo é um pecado grave contra Deus
Segundo o purpurado, o conflito em Israel e na Palestina alimentou o ódio religioso nos Estados Unidos. “Nos últimos dias aqui na América, onde durante centenas de anos muitos procuraram refúgio da perseguição religiosa, temos visto surtos de ódio religioso que chocam a consciência”, afirmou.
Condenando veementemente o aumento da violência religiosa, o Cardeal destacou que cada vida humana tem um valor incomensurável e que odiar o próximo é um pecado grave contra Deus, que nos criou a todos à sua imagem e semelhança. A violência apenas gera mais violência, não justiça.
Natureza essencial e inviolável da liberdade religiosa
Citando a Declaração sobre a Liberdade Religiosa do Concílio Vaticano II, ou “Dignitatis Humanae”, emitida em 1965, o Cardeal Dolan recordou que “a Igreja Católica há muito reconhece a natureza essencial e inviolável da liberdade religiosa”. Este documento declara ainda que todos têm o direito de praticar a sua religião, uma vez que esta se baseia “na própria dignidade da pessoa humana”.
A declaração garante ainda que todos os direitos dos indivíduos à liberdade religiosa devem ser defendidos pelos governos para garantir que “ninguém seja forçado a agir de maneira contrária às suas próprias crenças, seja privada ou publicamente, dentro dos devidos limites”. Infelizmente, 80% da população mundial vive em países com graus significativos de restrições sociais ou políticas à religião. (EPC)
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