Conferência Episcopal da Eslovênia não participou do processo de incardinação de Rupnik
Em um comunicado intitulado “Tolerância zero em relação a qualquer tipo de abuso”, a Conferência Episcopal da Eslovênia respondeu àqueles que perguntavam sua posição sobre a incardinação do sacerdote acusado de abusos, Pe. Marko Rupnik, na Diocese de Koper.
Redação (30/10/2023 11:54, Gaudium Press) A notícia da incardinação do sacerdote acusado de abusos, Pe. Marko Rupnik, na Diocese de Koper, ainda causa muita perplexidade e polêmica. Muitas pessoas questionaram sobre a posição da Conferência Episcopal da Eslovênia neste caso.
No último dia 27 de outubro, o presidente desta Conferência Episcopal, Dom Andrej Saje, publicou um comunicado esclarecendo que esta não estava envolvida no processo de incardinação de Rupnik. “Cada bispo é autônomo e independente a esse respeito, não sendo, portanto, obrigado a informar a Conferência Episcopal. Aliás, sabe-se que, depois que os superiores dos jesuítas confirmaram a veracidade de vários abusos, a Conferência dos Bispos tomou uma posição sobre o caso Rupnik já em 21 de dezembro de 2022”.
Dom Andrej Saje manifestou dúvidas a respeito da inocência de Rupnik: “No início deste ano, Marko Ivan Rupnik foi demitido da Ordem dos Jesuítas. Uma medida tão extrema não pode ser entendida de outra forma senão como uma sanção penal para atos graves e intoleráveis. Além disso, o Santo Padre, em 27 de outubro de 2023, pediu ao Dicastério para a Doutrina da Fé que examinasse o caso e decidiu derrogar a prescrição para permitir a realização de um julgamento”.
No comunicado, Dom Andrej Saje afiançou que os bispos do país estão do lado das vítimas “para que possam ser ouvidas e a justiça seja feita”, acrescentando que estão atentos “ao que acontece em nossas comunidades eclesiais, para que no futuro não haja mais abuso de autoridade por parte daqueles que ocupam cargos de liderança na Igreja”.
No entanto, a diocese de Koper havia defendido sua decisão de incardinar o ex-jesuíta depois que esta se tornou pública, alegando a presunção de inocência. Enquanto Rupnik não for condenado, “goza de todos os direitos e deveres de um sacerdote diocesano”.
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