Nicarágua: a vida de Dom Rolando Álvarez corre perigo?
A pesquisadora Martha Patricia Molina pede a retirada do bispo da Nicarágua.
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Redação (21/10/2023 11:20, Gaudium Press) Após o exílio forçado de 12 sacerdotes presos pela ditadura nicaraguense, surge agora a preocupante notícia de um possível atentado contra a vida de Dom Rolando Álvarez, bispo de Matagalpa que ainda se encontra preso.
Os rumores são recolhidos por Martha Patricia Molina, a renomada advogada e pesquisadora dedicada a investigar os ataques à Igreja no país centro-americano.
“Peço ao Papa Francisco que retire logo Dom Rolando Álvarez do país e ordene o seu exílio, porque a ditadura planeja lhe causar danos maiores”, disse Molina.
“Há pessoas que trabalham para a ditadura, revelando que há planos do regime para causar danos maiores ao bispo, e pediram-nos para levantar nossas vozes em âmbito internacional; logicamente o Instituto de Medicina Legal dirá que foi uma morte natural”, informou.
Na verdade, qualquer tentativa da ditadura de Ortega para recuperar algum prestígio em âmbito internacional depara-se e choca-se com a figura do bispo preso, que já se recusou várias vezes a ir para o exílio, pois deseja permanecer junto ao seu povo.
A pesquisadora Molina ficou preocupada com o fato de o bispo Alvarez não aparecer entre os sacerdotes enviados ao Vaticano, pois isso significava que ele estava firme em sua resolução de não ser exilado, colocando sua vida em um perigo maior. Por esta razão, ela pediu uma intervenção direta do Papa para que ordenasse a Dom Álvarez que saísse do país, e à comunidade internacional de proteger sua vida.
De resto, Molina prevê que a perseguição à Igreja no país continue.
Com efeito, como apontou Dom Silvio Báez, exilado na Flórida, as autoridades do regime “gostariam de ver a Igreja fechada”, sabendo que não podem fazê-la desaparecer, pois continua sendo a fé da maioria do povo.
“Os poderes do mundo temem os profetas. Eles gostariam de ver a Igreja fechada. É por isso que aprisionam e banem os profetas”, escreveu Dom Báez em sua conta no Twitter.
Por sua vez, o Pe. Edwing Roman, também nicaraguense exilado nos EUA por causa da ditadura, disse que querem “implantar a ‘paz’ da mordaça” na Igreja.
Mas “enganam-se aqueles que pensam que a voz profética da Igreja Católica na Nicarágua será silenciada: esta voz continuará a anunciar o Reino de Deus e a denunciar os opressores, mesmo que estejamos desterrados ou exilados”.
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