Papa Francisco telefona para pároco da Faixa de Gaza
Em meio à intensificação dos conflitos na faixa de Gaza, o Papa Francisco demonstra preocupação e solidariedade para com todos os que sofrem com a violência em especial com a comunidade cristã da região
Redação (11/10/2023 13:10, Gaudium Press) O Santo Padre, o Papa, telefonou duas vezes para o Padre Gabriel Romanelli, pároco da única igreja católica de Gaza, para demonstrar sua preocupação com a escalada do conflito nos últimos dias e sua proximidade com os fiéis cristãos da região.
A primeira chamada telefônica foi feita no dia 9 de outubro e a segunda no dia dez. Francisco disse que os fiéis podem contar com suas preces e sua bênção. O sacerdote aproveitou o telefonema para agradecer ao Papa pelo apelo à paz feito durante o Angelus, no dia anterior. Padre Romanelli expressou sua preocupação e confiou à agência Vatican News que ele nunca tinha vivenciado tais níveis de violência na região.
Quando começaram os ataques terroristas do Hamas contra Israel, no sábado (8), o Padre Romanelli estava na cidade de Belém e desde então não pôde regressar a Gaza. Contudo, ele informou que a comunidade católica está bem e que não há feridos entre eles.
Atualmente, a paróquia está acolhendo 150 pessoas, entre católicos e muçulmanos, que perderam suas casas por causa dos bombardeios. O sacerdote relatou que um colégio católico também acolheu outras famílias. Ele explicou que muitos buscam refúgio na casa de parentes ou conhecidos na esperança de achar um lugar mais seguro. Porém, o sacerdote relata que nos últimos dias todo o território da faixa de Gaza está sendo bombardeado, o que torna difícil encontrar um lugar verdadeiramente seguro.
Quando perguntado sobre o que pensam os fiéis, o sacerdote explicou que as pessoas estão acostumadas a não expressar suas opiniões porque não confiam em ninguém. Mas afirmou que todos estão cansados da violência e muito tristes com as mortes de tantos inocentes.
O Padre Romanelli enfatizou que a situação em Gaza é grave, com cortes de eletricidade, falta de combustível e a necessidade de aprovisionar alimentos e água. A população, tanto cristã quanto muçulmana, enfrenta um cenário de incerteza e teme uma invasão terrestre de Israel o que poderia agravar ainda mais a situação já tão caótica. (FM)
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