Espanha deixará de ser católica
A porcentagem de cidadãos que se declaram católicos caiu para 52%, o menor número da história.
Redação (06/10/2023 15:12, Gaudium Press) Em um artigo publicado ontem no site Confidential Religion, José Francisco Serrano Oceja comenta uma nota que apareceu no jornal El Mundo com o título “Como perdemos a fé. A Espanha deixará de ser católica 1.644 anos depois”.
Entre os dados documentais fornecidos pelo El Mundo, estão:
– De acordo com a última pesquisa do Instituto 40dB, apenas os partidos políticos geram menos confiança nos espanhóis do que a Igreja Católica.
– A última informação do CIS (Centro de Investigação Sociológica) mostra que a porcentagem de cidadãos que se declaram católicos caiu para 52%, o menor número da história.
– Em 1978, o número de crentes na Espanha era cerca de 90,5%; hoje mal ultrapassa os 50%.
– Nos últimos 45 anos, o percentual daqueles que se declaram agnósticos, ateus ou não crentes passou de 7,6% para 44,1%.
– A tendência é que, em 2024, a Espanha deixará de ser predominantemente católica, o que foi por muitos séculos… desde a época de Teodósio, Recaredo…
-Nos últimos 20 anos, as vocações na Espanha, segundo dados da CEE (Conferência Episcopal Espanhola), caíram 40%.
– Hoje há 16.126 padres para 22.947 paróquias.
– Segundo o último estudo sobre o laicismo da Fundação Ferrer i Guàrdia, mais de 60% dos jovens espanhóis entre 18 e 24 anos não se consideram religiosos; e 58% entre os que têm 25 e 34 anos.
– Nos últimos 25 anos, os casamentos pela Igreja caíram 83% segundo o INE.
– Os registros da CEE mostram que o número de batismos caiu 54% desde 2007 e as comunhões, 30%.
Os dados, quando verdadeiros, têm a força da realidade, e contra fatos não há argumentos.
É claro que esses dados revelam uma mudança cultural em direção à descristianização, algo que desafia a Igreja.
Atualmente na Espanha, existem 1.952 centros educacionais católicos, onde estudam 1.192.542 alunos, ou seja, um número elevado para uma população de 47 milhões de pessoas. Ou seja, a Igreja ainda tem em suas mãos o potencial de uma recristianização da juventude.
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